sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Os retalhos da manta...

Há um par de dias aprouve-me lançar aqui algumas reflexões relativamente à "desunião" sindical do sector bancário,  inspirado numa entrevista do Presidente da FEBASE , o Senhor Rui Riso. Este meu artigo pode ser  acedido no link abaixo:


A dado ponto, à laia de comprovativo das palavras do Senhor Riso, em que ele lamentava a divisão dos bancários em sindicatos regionais,  isto num país pequeno,  como o nosso, relatei situações  pessoais que concretizam o negativismo de tal situação.

Resumidamente, a dada altura da minha reforma e por circunstâncias próprias da vida, fui, juntamente com a minha Mulher, amiga e companheira de todo o sempre, entretanto, infelizmente, já falecida, aconselhado a recorrer a um complexo residencial dos SAMS, situado em Azeitão,  que presta apoio e providencia alojamento digno a cidadãos,  bancários reformados, na estação da terceira idade.

Estando eu sindicalizado a norte, foi usado esse facto como  justificação para a  nossa não admissão,  afirmando os responsáveis que "[...] a mesma não se enquadra no regulamento do lar que condiciona a admissão exclusivamente a beneficiários do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas" - Ver  documento  comprovativo em anexo.

Tendo que, obviamente, acatar tal decisão, custa-me aceitar e compreender. Um Bancário é um Bancário,  seja ele do Sul, Norte, Centro, Ilhas ou (relembrando a minha história pessoal e a de muitos outros) das Províncias Ultramarinas, ponto final !!! E digo mais: Porque há de um Reformado ficar limitado à sua região de sindicalização ? Por razões de saúde, como é o meu caso, é frequente um idoso reformado ter que procurar outras paragens. Acrescento ainda que, na altura em que solicitei a admissão  no mencionado complexo residencial para a terceira idade, já residia bem a Sul, no nosso Algarve. De certa forma era já um bancário do Sul, cuja ligação a norte apenas se fazia por meio do cartão sindical. Para os Senhores do Sindicato, os do Norte que fiquem por lá...

No caso dos bancário, tal como noutras classes profissionais, como por exemplo os Professores, a existência de múltiplos Sindicatos,  para além de fragilizar  a sua capacidade negocial e reivindicativa, no que às questões laborais e de apoio se refere, vai também contra a própria noção do que deve ser um Sindicato: um veículo de união e aglutinador dos Trabalhadores de um sector de actividade comum, e jamais motivo para quezílias e separações. Tal só interessa àqueles a quem a existência de sindicatos fortes e trabalhadores conscientes da sua força é um entrave à sua ambição sem limites, sejam eles de ordem ética, social ou moral...

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