sábado, 11 de novembro de 2017

Blog de intimidação reservada.

Minha saudosa e querida "Dinha"... (Alvarina Teresa)

Faz   amanhã sete anos que, encostada ao meu ombro  direito, depois de teres sido transportada,  pela a Assistente, Dona Cesaltina, confortavelmente  sentada  na  cadeira de rodas, subitamente  olhaste para  mim, com uma feição semi-sorridente,  mas com um piscar de olhos, extremamente estranho,   pois  o teu estranho olhar, naquele momento  surpreendeu-me de uma maneira terrivelmente   arrepiante porque, a profundidade do teu olhar  não  era o mesmo que sempre  me dispensaste ao longo do nosso feliz convívio matrimonial, de 60 anos  mas sim um UM OCEANO TAO BRANCO E SEM VISÃO ABSOLUTAMENTE NULA.... NO FUNDO DOS TEUS LINDOS  OLHOS SÓ VI NEVE, COMPLETAMENTE BRANCA

Certamente pressentiste que era o teu  último olhar, e que te estavas despedindo deste teu querido Marido, Armando, pois acabavas de falecer, como aliás, acabou por ser confirmado pelas Autoridades a quem eu tinha solicitado imediato apoio, urgente, e em breves minutos.... notei, por isso, que o que Ela me quis transmitir, no inicio daquela manhã... foi o...

ADEUS PARA SEMPRE !...

Entrei, de imediato, numa nova fase de vivência, em que a tristeza e a saudade sempre têm permanecido na minha pobre mioleira, após tal infeliz acontecimento, não obstante ter continuado a merecer o apoio e  estima de toda a Família, principalmente por parte  dos  Filhos e  queridas Netinhas.

Permanece na minha memória, o que sempre constituiu felicidade e amor ardente, durante os longos anos de convivência familiar,  cuja recordação remonta de velhas lembranças fotográficas que constituem o meu álbum,  com excertos  de centenas de fotos, de que reproduzo  apenas algumas, de seguida
O autor- chateado da vida...

As primeiras Netinhas.... ainda bebés



A minha querida Dinha - ( Esposa, Alvarina Teresa)-ja falecida.

No rio Cuanza-  as nossas pescarias..


Era cada pargo com 60 quilos..

Angola- Porto acostável de Luanda.
...
A visita de Nossa Senhora de Fátima, a Angola e o glorioso Avô , Joaquim do Carmo Ferreira

A minha Saudosa "Dinha"....

O nosso casamento em Luanda.

O Autor a ser homenageado em Luanda.
A minha saudosa Dinha, quando exerceu funções directivas na Sorel- Luanda.

Aqui há uma grande história... A minha saudosa e querida Alvarina, em, Angola,  trabalhava numa grande empresa, representante da Caterpillar (Sorel) onde o autor deste blog, chegou a trabalhar, também, exemplarmente, e que depois de 15 anos de funções laborais, saiu para ir  chefiar  um departamento num  Banco.

Pois esta saudosa Senhora,  foi nomeada, naquela data, Chefe de  um Departamento que dependia, directamente, da Gerencia daquela grande firma, Certo dia, houve um empregado, continuo, de cor negra,  que subitamente tinha adoecido, Levaram-no à Casa de Saúde, mais perto, para o socorrer.  Após atendimento do doente, havia  necessidade de o internar, mas não existiam vagas para o receber. na enfermaria. Mas existiam   departamentos, no mesmo Hospital, mas de elevados custos, destinados só  a  pessoas bastante endinheiradas, o que não era  a situação  do Domingos (assim se chamava o continuo de raça negra, que adoecera)  Por  via telefónica  para a Gerencia da Sorel, foi negado internamento do Domingos, no dito departamento, de luxo, pois não pretendiam  suportar tão elevado custo  quanto ao seu  tratamento. Como a minha  saudosa -Mulher representava a Gerencia,  naquela altura,  perante  tanta dificuldade que surgira , tomou então a iniciativa de de responsabilizar pelo pagamento do internamento do Domingos, em departamento de luxo, e foi assim que salvaram da morte o desgraçado Domingos,  que la por ser negro, a minha saudosa Esposa, teve pena dele,  e  conseguiu que ele saísse são e salvo do Hospital.

Mais tarde,  fizeram-lhe uma festa, recuperou o que tinha gasto com  o internamento do Domingos, e sabem o que sucedeu depois...?  Todo o preto que tinha filhos,   quis que Ela se Tornasse a Madrinha  de todos os filhos  nascidos...

A "Exemplar Descolonização" ceifou, depois, todo o resto da  história...

E, em Portugal, nascida no Porto,  sofreu um pouco com as indiferenças, que na altura causticavam os celebre Retornados, que tinham  sido "enxotados" do Ultramar.

Descansa agora, em Paz, junto a Deus, no Céu, aguardando que chegue a minha vez de a acompanhar no Eterno Descanso.

A minha periodica visita a quem mais amei no mundo...





Desde que nos casamos,  que entre Nós, sempre  permaneceu  uma Força Divina,   que nos unia,   sem a  mínima fragilidade, que superava , e anulava,  todas as divergências que vissem a  surgir.  A nossa ideologia era... um por todos e todos por um.  O que muitas vezes nos dividia, era quando eu conduzia o nosso antigo automóvel  Morris 1300 a cem â horaficava  furiosa, pois  no seu ponto de vista,  como  condutora de veículos  automóveis,  o  máximo  que deveríamos atingir era os 60 ´a hora, pois Deus proteger-nos-ia se tivéssemos que atropelar  algum  assaltante !...

Mas, a sério... era em Nossa Senhora de Fátima, em quem ambos sempre acreditamos, e nos refugiava-mos. Por exemplo, quando vínhamos passar umas férias a Lisboa, e vivendo em Luanda, umas das principais visitas que fazíamos, para além de irmos ao Cemitérios visitar os Familiares falecidos, impunha-se de imediato uma visita aos Santuários de Nossa Senhora de  Fátima.

Ainda hoje,  crente em Jesus Cristo e em Nossa Senhora de Fátima, tendo em mente ir visitar amanhã, domingo, a "Velhota" (termo que com as minhas netas me refiro,  à Avó,  por brincadeira amorosa)  estive dentro da Igreja, e, com a complacência do Padre,   estive a colher  imagens através  da maquina de  filmar, pois mantenho um projecto para compor um novo blog,  em homenagem a Alvarina, pois no meu cérebro, até a  sonhar, não me separo Dela.

Tenho em  mente,  dar ênfase a um  ligeiro pormenor, que insiste em afirmar, que a Voz de Deus e de Nossa Senhora  ecoam  pelo nosso meio,  de um  paraíso,  de que poucos se apercebem ou não lhes presta  a mínima  atenção, por total indiferença do que lhes rodeia.

A projecção do raio solar que  entra  por uma das janelas da Igreja, reflecte-se, e coincide  por largos segundo, na imagem de Nossa Senhora de Fátima, no santuário da Igreja, dando como consequência, e em breves segundo, uma visão de tal ordem à face de Nossa Senhora, que sugere um sorriso  que a Santa emite, em segundos, de que  poucos se apercebem...









Tá?!... .

Sem comentários:

Enviar um comentário