quarta-feira, 9 de agosto de 2017

LIVRO (Continuação) pag. 3

     Dias  após a saída da firma  Sorel,  ingressei nos quadros da  PFIZER CORPORATION- Laboratórios Pfizer, Lda.,  da qual saí livremente, e,  a esse respeito, recebi em 19 de Janeiro de 1966,, a carta da qual sobressai o seguinte... " serve a presente para atestar perante qualquer entidade. que V. Exa. prestou os seus serviços aos Laboratórios Pfizer  de Angola, Lda. desde Julho de 1959
até 20 do corrente (Janeiro 1966) tendo exercido as funções de Chefe da Contabilidade e de Chefe de Escritório, sempre a nosso inteiro contento...".


No percurso das minhas actividades laborais, fui convidado a ingressar nos quadros da Empresa NEA -Nova Editorial Angolana, Lda -  proprietária do prestigioso jornal " O COMÉRCIO"   de onde saí, a meu pedido,  e da qual recebi a seguinte Declaração,  subscrita em 8 de Julho de 1959... " Declaramos  que o Senhor Armando José Carmo Ferreira Baptista,  esteve ao serviço desta empresa. como Guarda-Livros  durante um ano, lugar que sempre desempenhou com honestidade,  competência e zelo profissional"..."


Em 24 de Maio de 1966, da empresa MUNDUS  DE ANGOLA  ESTRUTURAS TUBULARES. LDA..  recebi a carta da qual  transcrevo o seguinte:- " Pela presente, e satisfazendo ao solicitado por V.Exa, informamos de que prestou nesta empresa desde 20 de Janeiro de 1965 a 30 de Abril de 1966, como chefe de contabilidade  do n/ grupo de sociedades (Mundus  de Angola, Estruturas Tubulares, Lda.,  Electrotécnicos Reunidos ( Luanda) Lda.,  Camiões  de Angola, Lda.)   tendo  desempenhado as suas funções com  assiduidade, zelo e honestidade profissionais, tendo-lhe sido concedido a demissão dos n/ quadros a pedido pessoal".

 Foi após este longo percurso onde trabalhei sempre na edificação económica do País que me viu nascer (Angola), que a convite, ingressei nos quadros do BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA,  logo de inicio da inauguração e abertura das suas portas ao publico..
Retenho, entre outra documentação, uma Declaração subscrita em Luanda, pela Direcção do Banco,  datada de 22 de Agosto de 1973,  nos termos seguintes: "Para efeitos de sua inscrição definitiva, como Técnico de Contas, na Direcção Provincial dos Serviços de Finanças. declaramos que o  Sr. Armando José Carmo Ferreira Baptista, tem exercido funções de contabilista neste Banco desde
24-8-66  e que no desempenho  destas sempre tem demonstrado  excelentes qualidades profissionais e de carácter.





Todavia,  entre a documentação que me fora, na altura, enviada pelo Ministro do Planeamento e Finanças, na data em que se estabeleciam contactos com Saydi Mingas,   representante do Govêrno de Trransição de Angola,  e Governo Provisório Português,  fora determinado o adiamento "sine die"
da Assembleia Geral do Banco Totta-Standard de Angola.. convocada para hoje, 24 de Março de 1975".

Complicações e mais complicações   foram , no  entanto surgindo,  ao longo  da época,  tendo finalmente,  o Banco Totta-Standard  de  Angola, deixado de existir, pouco antes da  "Exemplar Descolonização "..

Historiando, agora,  um pouco sobre os  azedumes da vida...

Quis o destino, todavia,  que  momentos antes da declaração da independência de Angola,  que a minha saúde tenha sido gravemente abalada, e, como não havia médicos, no momento,  em Angola,
da especialidade, tive que recorrer a especialistas em  Lisboa,e,  para tanto tive que dar conta ao Banco, cujo resultado  vem discriminado em carta que me foi dirigida  (assinada pelo meu continuo, de tez negra) nos termos seguintes: "Em resposta a v/carta de 6 do corrente mês, informamos que lhe é autorizada  uma licença sem vencimento, par deslocação a Portugal a fim de ser presente a tratamento de oftalmologia. Quanto  às despesas em principio, serão da v/conta. Agradecemos   contudo, nos indique a data a partir da qual beneficiará dessa licença, bem como do prazo provável de duração da mesma.

Comprei de imediato um bilhete de Passagem aérea, na TAP, de ida e volta, e,  por ter tido a facilidade   de entrar no avião por intermédio do meu futuro genro, Rui Cunha, evitando as dificuldades que impunham aos passageiros, no aeroporto   de embarque, Luanda,  instalaram-me, com toda a facilidade,   a bordo do avião que me transportou ao aeroporto de Lisboa,

Vim a saber, tempos depois, que o comandante piloto do avião em que eu viajava, recebera uma comunicação (ordem) de Luanda,  para que  procedesse ao regresso do aparelho a Luanda, antes de aterrarem em  Lisboa afim de recolherem um   determinado passageiro que ia a bordo. Pelo o que me contaram, mais tarde, o Comandante (piloto)  teria respondido da impossibilidade de cumprimento  de tal ordem, pois já perto da costa Algarvia, não tinha combustível para tal regresso.  Desconfiaram, segundo crêem várias Pessoas, que   o sentido de quererem "apanhar" o tal  passageiro que viajava a bordo daquela nave aérea,... ERA  EU  !...  (O autor deste blog !...)

Mais tarde, telefonicamente, fui informado, por um Familiar, ainda residente em Luanda, que fizera uma visita à casa onde eu residia,   onde  permanecia  todo o recheio de material domestico,  ali deixado, que fora  adquirido  com esforço do trabalho   exercido ... FORA TUDO DESTRUÍDO POR GENTE  MALDOSA "....

As circunstancias e o contorno da vida, entretanto, encaminharam-me para um futuro incerto, na data,  até porque a  29 de Julho de 1982, vim a receber a seguinte  notificação, morando em Lisboa, por parte da Embaixada da Republica Popular de Angola, " Serve a presente para comunicar: a
V.Exa. que a sua oferta de prestação de serviços na Republica Popular de Angola,  não  foi  aceite  "





                                             ( continua)



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