sexta-feira, 31 de julho de 2015

Entre o negócio e a confiança (parte 2)

A leitura e publicação de excertos da revista  FEBASE, relativa aos Sindicatos do sector financeiro (Banca e Seguros),  tem despertado em mim recordações de tempos cada vez mais longínquos e levado a reflectir sobre o que é hoje a Banca, para que serve, a quem serve.

Começo por dizer que fui obrigado a reformar-me antecipadamente por motivos de saúde, do foro nervoso,  situação desenvolvida e com origem no local de trabalho. Resumindo,  direi que,  por  me achar injustiçado e  prejudicado,  profissional e financeiramente,   chegou o dia em que não aguentei mais e  "explodi". Quando acordei,  dei por mim numa cama  de um hospital,  sem fazer a menor ideia como  havia lá chegado. Desde então,  jamais fui capaz de regressar ao local de trabalho pois só o  pensar nisso era o suficiente para entrar positivamente em pânico. Sei de casos semelhantes no sector bancário. Será uma doença profissional,  própria do sector ? Como resultado de tudo isto,  para além das consequências a nível pessoal e de saúde psíquica,  acabei por ter que me "contentar" com uma reforma mínima.

Naquele tempo,  um Banco era uma  Instituição  olhada com respeito e até admiração pelos cidadãos,  os quais confiavam ao balcão do seu Banco as suas poupanças,  quase de olhos fechados. Era,  por isso,  o Banco,  visto como algo de confiança a toda a prova. Hoje,  fruto de todos os escândalos que envolvem o sector bancário e financeiro e os seus Gestores de topo,  é difícil  encontrar uma Instituição ou Organismo em  que o cidadão comum  confie menos e que  despreze mais. No entanto,  nunca os Gestores e Administradores referidos foram tão bem pagos  como o são hoje em dia.

O lucro cego...
Enquanto antigamente  o funcionário do Banco era  olhado com confiança,  sendo até procurado para aconselhar em matérias de aplicação de poupanças,  hoje este mesmo funcionário é  visto como um vendedor que apenas procura impingir aquilo que lhe convém e do qual  é preciso desconfiar. A estes Funcionários é exigido, pelas Administrações,  que vendam de forma a atingir objectivos de venda de produtos financeiros,  objectivos esses cada vez mais difíceis,  ou mesmo impossíveis, de atingir. E quem não conseguir tem o destino traçado: o despedimento sumário. Uma triste realidade...

Hoje seria de todo impossível,  a mim pessoalmente,  trabalhar numa Instituição bancária deste tipo. Vai contra os meus princípios e seria mesmo incapaz de dormir descansado pensando que,  para cumprir  os tais objectivos e "salvar a minha pele",  teria convencido  alguém a fazer uma aplicação,  a qual,  provavelmente,  nem seria assim tão infalível.  Enlouqueceria. Prefiro ser honesto e dormir de consciência  tranquila,  ainda que para isso tenha tido que abdicar de uma pensão de reforma mais substancial. Os tempos são  outros,  mas os valores e a ética,  para mim,  mantêm-se.  E assim serei até morrer...

Tá?!...

P.S. - Não se pretende com a prosa acima colocar em causa, seja de que forma for, os funcionários dos bancos portugueses ou outros. Bem pelo contrário, é apenas um constatar das circunstâncias difíceis em que os nossos Bancários exercem a sua profissão, encarando o cliente nos olhos, num cenário de crise dir-se-ia quase permanente e omnipresente. Fazem-no mostrando diariamente a sua coragem. Fazem-no apesar das contrariedades. Fazem-no porque têm que assegurar o sustento das famílias.São eles o verdadeiro pilar do sistema financeiro, não são aqueles que, sentados no alto dos seus gabinetes, decidem quem fica ou quem parte, em nome de um lucro que tem que ser conseguido sempre à custa dos mais fracos. Para os BANCÁRIOS uma palavra de agradecimento e votos de coragem que, nos tempos que correm, é cada vez mais necessária. Bem hajam !!!

"Setor finaceiro, entre negócio e confiança"...

A revista "FEBASE" - Federação do Sector Financeiro - UGT,  deste mês de Julho de 2015, contém,  (entre outros), dois artigos de extrema importância, que, com a ética usual, expõe pontos de vista sobre  o projecto de se vir a criar um Sindicato Único, na Banca, bem como uma chamada de pedido de atenção às pensões, de que reproduzo, de seguida (com a devida vénia), sobre este tema, parte do artigo publicado:



 Tá?!...

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Publicado com autorização...

Tá?!...

Carta aberta publicada no Jornal "Brisas do Sul".


Tá?!...

DIA INTERNACIONAL DA AMIZADE....


... São precisamente neste instante...00H01, um  segundo  ( no relógio)  do dia 30 de Julho de 2015

                                          DIA  INTERNACIONAL  DA   AMIZADE.


O primeiro segundo após a meia-noite...


Nesta data desejo enviar uma mensagem de carinho, amizade, e afecto, aos meus  Amigos e Amigas, agradecendo a amizade e dedicação com que me têm distinguido.

É óbvio que a minha velha  memória não apaga a  ausência  do amor e amizade, que não adormecem,  de Alguém que já repousa  no Céu eterno,  com quem celebrei  um feliz casamento, há sessenta anos,  em Luanda, e que só a  Lei da Morte, é que  nos separou... a minha saudosa e querida Esposa... Alvarina Teresa.

Ao longo deste dia que se diz dedicado a AMIZADE,   temos até à meia-noite 1.440  ( mil quatrocentos e quarenta minutos) para expressarmos o nosso tipo de amizade, em especial,  para quem nos escute e não cuspa para o lado, como quem diz " vai  mas é chatear outros"... porque, infelizmente, há os encapotados a coberto de cinismos e hipocrisias...

A boa convivência, e amizade,  mesmo no meio familiar.  são muitas vezes espezinhados, dada a ausência de bons sentimentos por parte de quem não tenha um bom coração.   Os jornais e a televisão  são portadores de,  em muitos casos, exprimirem exemplos  de conflitos e expressões insultuosas ente pessoas que  não se entendem entre si...

Em conflitos...

O Dia Internacional do Amigo ( ou Dia Internacional da Amizade) - também conhecido simplesmente como do Dia da Amizade - 30 de Julho- é celebrado um pouco por todo o mundo. A data foi instituída pelas Nações Unidas em Abril de 2011.  ( V. Calendarr- Internet).


Por todo o Mundo,  a onda de violência  tem alastrado de uma forma alarmante., e, as forças combatentes deste mal, não tem tido  aquele  êxito que muito se anseia.   Mantenho, contudo, uma ténue esperança,  de que a PAZ, SOLIDARIEDADE, RESPEITO  E CONFRATERNIDADE,   não se afastem, de forma alguma,  do saboroso  clima  de  entendimento ainda  existente  entre  nós Portugueses,  e só  rogo a Virgem Santíssima,  que nos  mantenha sempre   protegidos de tais fatalidades... e que às Criancinhas  imputemos o respeito que  sempre   nos mereceu  o canto heróico de Luís Vaz de Camões - LUSIADAS.



Viva a verdadeira AMIZADE !


      Tá?!...          

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Uma mão cheia de nada e outra com coisa nenhuma...

Uma só pessoa pode ter oito polícias a vigiar os seus passos,  embora depois, entre paredes,  ninguém saiba o que se passa. No entanto,  não deixa de ser um facto curioso tanto polícia para tão pouca coisa. Dizem alguns responsáveis que o desvio de recursos humanos para essa vigilância (ao  ex-banqueiro Ricardo Salgado) pode prejudicar o policiamento onde é verdadeiramente necessários.

Salvando as diferenças geográficas,  é curioso, mas aflitivo, verificar que alguém conseguiu sair do Hospital de Faro com um bebé recém nascido dentro de uma mala. Vem isto a propósito da  jovem que fugiu com o filho bebé por receio de que a segurança social lhe retirasse a criança. Notícias recentes dão conta de que foi aberto um inquérito para apurar a  falha de segurança que permitiu tal acontecimento. Casa arrombada,  trancas à porta...

Sem ser especialista,  de certeza que a vigilância do local deixará muito a desejar. Possivelmente tudo poderia ser evitado se mobilizassem os polícias para onde são verdadeiramente necessários em vez de andarem a brincar às vigilâncias para inglês ver. Entretanto as autoridades procuram o bebé que corre risco de vida.

Apuradas responsabilidades, a culpa é,  decerto,  da mulher da limpeza...

Tá?!...

Tempestades... não assustadoras !

Hoje, ao acordar,  até me  enervei... Isto porque  acabei de sair de um pesadelo, em que sonhava estar à beira de um precipício, no qual me sentia estar pendurado   no topo de uma das asas de um avião da TAP, a caminho de Moçambique, mais propriamente para a cidade de Lourenço Marques. E isto porquê ?

Porque, ao adormecer, estive a reler uma revista que fora apreendida  pela PIDE, em Luanda,  numa altura em que chefiava o gabinete contabilístico  da Empresa Pfizer, em Luanda,  em  que numa das suas páginas interiores,  vinha a minha fotografia acompanhada por um relato de uma pescaria, em que fora protagonista , num dia em  cheguei a pescar um pargo com 70 quilos, no  extenso  caudal do Rio Cuanza,  a sessenta quilómetros de Luanda.  Era ainda no tempo em que havia Censura  a todas as revistas  que viessem  do Estrangeiro, (muito antes da independência de Angola).


Nessa época, viajava  com muita regularidade, de avião,    entre as  cidades de Lourenço Marques (Moçambique), Johannesburg ( África do Sul )  e pela capital da Rodésia, pois , como tinha a função de chefiar  a secção contabilística, sediada em  Luanda, para efeitos de reuniões congressistas, tinha que tomar lugar em aviões, que ainda eram movidos a hélice e não a jactos, afim de  estar presente nas referidas reuniões internacionais.







 Tempos que já lá vão...

 Eis a razão porque, as vezes,  sinto-me enervado  quando acordo, e nem me passa pelos miolos, momentaneamente,  que já são decorridos longos e longos anos, em que me metia em  avalanches de trabalho laboral,   em que a minha resistência física e mental , não encontravam  limites, e, agora, aos 90 anos, basta um pequeno ruído de asas provocadas por um simples mosquito, enquanto durmo na cama,   para me acordar e provocar uma tempestade num simples copo de água.

Tá?!...


terça-feira, 28 de julho de 2015

Actualidade Sindical.

Acabo de receber a Revista FEBASE - Federação do Sector Financeiro, que agradeço e que reproduzo de seguida:



Sou cidadão português, nascido em Luanda, Angola, onde trabalhei em vários sectores comerciais e industriais, sempre com êxito, documentalmente comprovado, e, presentemente, estou na situação de Reformado, no sector Bancário, residindo em Olhão.

Integrei a equipa que fundou o ex-Banco Totta-Standard de Angola, e, por razões ligadas à "exemplar descolonização", acabei por vir a habitar nesta cidade, no Algarve-Sul.

No período em que trabalhei na terra onde nasci, Luanda, a minha última actividade laboral foi exercida no Banco Totta-Standard de Angola, no desempenho de chefia contabilística.

Em Angola, tínhamos um único Sindicato, que corporizava uma das maiores estruturas sindicais, com  todos os sectores, incluindo o financeiro, como prova o documento que reproduzo de seguida:

Cartão de identificação emitido , sem discriminação geográfica, pelo Sindicato Nacional dos Empregados Bancários da Provincia de Angola - Sede-Luanda.

Não havia assim distinções sindicais em função das origens, isto é, se eram de Cabinda, Luanda, Benguela, Moçâmedes, Porto Alexandre, Sá da Bandeira, etc.

Em Portugal, temos, separadamente, UM Sindicato de Bancários, para a área geográfica do NORTE, outro para o CENTRO e ainda um outro para o SUL/ILHAS.

O peso que esta separação pode provocar, é, como exemplo, o que já me aconteceu: Sendo sindicalizado  na  área de jurisdição da zona Norte (por ter sido nesta região que desempenhei funções antes da passagem à situação de reformado), como sou residente no Sul de Portugal (Algarve), as consultas médicas são feitas nos SAMS em Faro, posteriormente encaminhadas para o Sindicato da área de jurisdição a que pertenço (Sindicato do NORTE), para que, por sua vez, me sejam descontadas as consultas medicas efectuadas nesta zona, mais  tarde, nos meus vencimentos. Sucedeu, embora o assunto já tenha sido solucionado, terem-me descontado o valor de uma consulta, sete (7) anos depois da prescrição médica.

São situações desta natureza, que, certamente, serão mitigadas a partir do momento em que exista um único Sindicato, que abranja toda a área geográfica, indiscriminadamente, neste nosso querido Portugal.

Tá?!...

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Geração perdida ?...

Já por várias vezes exprimi o sentimento de solidão que me atinge. Assim,  é sempre uma  enorme alegria a visita de Familiares e Amigos,  transportadores de notícias  e alegria,  por vezes também tristeza. Mas enfim,  é sempre bom conversar,  até como forma de partilha de ideias e opiniões.

De quando em vez recebo,  até com o  objectivo  de me apoiar nas minhas desventuras bloguistas e facebookianas,  o meu Amigo Luís Ribeiro. Sinto que para ele é também importante conversar e "deitar cá para fora" certas coisas que lhe ficam atravessadas na garganta,  agora mais seca  pelo calor do verão. É frequente dar-me conta das amarguras que vive, fruto da sua actividade como professor explicador.

Hoje veio  especialmente  amargurado. Confessou-se triste com a falta de interesse dos miúdos,  adolescentes  entre os doze e os dezasseis anos,  em  quererem saber mais,  evoluir,  crescer. Disse-me que o aflige especialmente a rapidez com que,  o pouco que os alunos vão sabendo, rapidamente se desvanece. Este meu Amigo,  um aficionado das tecnologias, culpa estas últimas pela assustadora incapacidade e falta de vontade em memorizar conceitos simples e verdadeiramente importantes para a vida futura. Contou-me hoje a história de uma menina de catorze anos,  a qual vai este próximo ano lectivo frequentar o oitavo ano,  e que se lamentava de não se lembrar o que raio era um cubo. Ao pedir  que desenhasse o referido sólido geométrico,  o Professor foi presenteado com a figura plana de um rectângulo. Diz este meu Amigo que esta geração decidiu que não é necessário memorizar nada,  uma vez que toda a informação está disponível na Internet,  à distância de um simples clic.

O problema,  completa ainda a sua ideia,  é que não sabem as criancinhas distinguir a boa da má informação. É a geração do "cópia e cola". E se um dia a Internet der o berro,  voltamos todos à idade da pedra,  pois nem contas nem formas conseguem discernir,  recorrendo apenas a essa coisa antiquada à qual,  alguém um dia chamou   CÉREBRO...

Tá?!...

O Mundo decrescente...

Bungo - Luanda (Angola)-
O Autor, no local de nascimento...
Nasci em Luanda, a 12 de Abril de 1928, nesta casa, "à beira mar plantada",  que na data era propriedade da Empresa Marconi e dos CTT de Angola.

Dois nomes eram, nessa altura, muito pronunciados na rádio, porque ainda não existia a televisão, de agora, e que eram os seguintes:

                                    -António Óscar Fragoso Carmona.
                                   - António de Oliveira Salazar.

Ao comando do Governo, sediado em Lisboa, eram estas as Dignas Figuras que "davam ordens" na qualidade de "Orientadores Políticos/Governamentais" a todo o Território Português, constituído a partir de , Lisboa, (capital de Portugal), Porto, Coimbra, Faro, Madeira, Açores, Estado da Índia, Macau, Timor, S.Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e Angola.

Hoje, os "comandos" cingem-se  somente a Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e restantes cidadezinhas espalhadas pelo País cantado por Luís Vaz de Camões, nos seus ditosos "Lusíadas"...Portugal!.

Geograficamente,  as "ordens", no antigamente, eram para serem cumpridas em todos os locais onde a bandeira Portuguesa flutuava, isto é, a parir do Estado da Índia até ao distante Timor.

Hoje, as ditas "ordens" ficam-se por  Madeira, Açores e... Portugal continental... (do Minho ao Algarve).

Em resumo: Dois Homens, na prática, noutros tempos, quase que foram o suficiente, para governar e dar ordens  a meio Mundo;  hoje, em Assembleias Legislativas, já nem bastam sequer centenas de "legisladores" para que as leis venham a ser  cumpridas somente do Minho ao Algarve (e... até ver),  Maneira e Açores. (Que me relevem e desculpem o aforismo humorístico, feito sem maldade nenhuma)...

Açores...

Tá?!.....

domingo, 26 de julho de 2015

A partilha do Dia dos Avós...

                                                                    DIA  DOS  AVÓS...
Alvarina Teresa  e Armando José....
Alvarina Teresa e Armando José...
Pois estes dois Avozinhos, que em tempos idos, e vivendo na altura no Algarve (Olhão),  festejavam, com alegria, e amor, acompanhados com as suas queridas Netinhas, o Dia dos Avós.

As Netinhas, ainda "pequerruchas"--
Quis, porém o destino que, no dia em que  faço este blog, isto é, 26 de Julho de 2015, apenas existe o Avô (Armando) pois a querida Avozinha já partiu para o Céu, para junto de Deus, há perto de cinco anos.

Pois estas "pequerruchas", hoje já são são Doutoras, pois o tempo foi entretanto voando, voando, quase que sem se  dar por isso...

"Avô"e "Avó", são duas palavrinhas que quase que se pronunciam com a mesma tonalidade, e apenas se distinguem, estruturalmente, por dois simples sinais, como estes..  "^"..."´"...!

Todavia, na minha perspectiva, estas duas simples palavras Avô e Avó, soam-me tão religiosamente e com uma estrema ternura, que advém dos tempos gloriosos de vivência na minha juventude, com o que há de mais belo e terno que existe neste Mundo ... os Pais dos nossos Pais.

Tá?!...

DIA DOS AVÓS ...

                                      26 DE   JULHO - DIA  INTERNACIONAL DOS AVÓS...

Ao despertar deste Domingo, logo pela manhã, vieram -me, curiosamente, à memória dois Grandes Vultos, que nunca esqueci, pois foram os que, após a morte da minha santa e querida Mãe, quando eu tinha cinco anos, me acolheram e cuidaram de mim, até à idade dos onze anos, em que, de  novo,  retrocedi à minha terra  Natal - Luanda.

Percorridos depois muitos e muitos anos, acabei por voltar  para Portugal, onde resido actualmente, após ter passado para a situação de Reformado, na actividade bancária. Recorri, posteriormente ao sistema informático, e foi então, que recompus as velhas fotografias. "Escarafunchando" o que sempre guardei, com muito cuidado, compus livros para serem apreciadas no futuro.

"Escarafunchando" as páginas  em que guardara as lembranças que o tempo não ceifou, vim a redescobrir casos históricos nunca  denunciados e talvez... cuidadosamente silenciados !



Sou descendente de um invulgar Herói que, em África (Angola)foi protagonista de situações que   foram silenciadas, provavelmente pela inexistência, na altura, de pessoal que se dedicasse a romancismos ou do tipo jornalístico. Estou a falar do meu Avô, Joaquim da Fonseca do Carmo Ferreira, que foi protagonista, no seu tempo, de situações que nem lembram ao diabo...

Foi amigo e companheiro de luta do General Norton de Matos , segundo me foi dito, e, que  nas campanhas em que se envolvia, percorrendo  longos espaços selvagens do interior de Angola, chegou a ter contacto com "selvagens" que o conduziram a locais onde se desconfiava que existiriam minas de ouro. Verdade, ou mentira, desconheço....

Eis a figura deste meu Grande Avô, que descansa eternamente numa campa no Cemitério, em Nova Lisboa (Angola) em cujo cortejo fúnebre foi acompanhado por Distintas Figuras Militares e... coberto pela Bandeira Nacional Portuguesa, em homenagem aos seus actos de  heroísmo como  honrado cidadão português.


Joaquim da Fonseca do Carmo Ferreira (Administrador de Concelhos)- Avô...

Tive sempre um carinhoso tratamento, enquanto ainda jovem e aprendiz do "hino nacional - A Portuguesa" - que minha saudosa Avó, Helena, me dispensou até a minha partida de Lisboa, rumo a Luanda, no vapor "Angola", juntamente com o meu irmão, José Duarte, (já falecido).

Avó Helena. foi uma Santa...
Descendências deste Ilustre e saudoso casal..

O primeiro neto , Armando, autor deste blog.  Ao fundo, a Esposa, Alvarina.
E a plêiade de descendentes que emergiram deste honroso casalinho... que Deus Tenha..

Avó e os seus seis filhos ( todos falecidos)..
O Autor, com a  Esposa (falecida) e Nétinhas. -Portugal !

O Plano Geral...


E o Dia dos Avós está prestes a atingir o horizonte... com um sol radioso!...

Tá?!...

sábado, 25 de julho de 2015

BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA.

Não me move qualquer animosidade contra quem quer que seja, nem tecer qualquer tipo de comentário sobre a figura fotografada, mas tão semente pretender paralelizar comparando formas de distinguir comportamentos que decorrem das reacções individuais aos estímulos decorrentes de comandos e orientações de carácter  técnico/ administrativos.

Numa publicação jornalística de hoje, sábado 25 de Julho de 2015 (Jornal i), vem expressa esta noticia, que, com todo o respeito, reproduzo neste singelo blog.


Fui durante longos anos, antes da declaração da Independência da ex-colónia de Angola, membro efectivo na área contabilística do actualmente extinto BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA, tendo exercido cargos de chefia, desde a data da sua fundação, da qual fui co-participante, sendo que a cessação de actividade bancária desta instituição foi apenas mais uma consequência da "exemplar descolonização".

Mitigando animosidades que renasceram após a Independência de Angola, manteve-se, contudo, entre Todos Nós (Bancários), que nos vimos forçados a "exilar" da nova Angola, a confraternização, respeito e dignidade, que sempre existiu entre todos o Pessoal que fez renascer, no passado, o famosos Banco, acima mencionado, manifestado anualmente em convívios almoçarados, constituidos pelo Pessoal que aqui é  fotografado:


É curioso, que, em reminiscência, até houve quem tenha tido a gentileza de me ter endereçado o seguinte e-mail:


Senti-me lisonjeado  por semelhante recomendação, mas... uma coisa é certa, e que ninguém ponha a mínima dúvida no que vou afirmar...

Tem sido corrente, agora quase que diariamente, a publicação de casos ocorridos na administração pública e financeira, de aprisionamento de gestores, a quem vão sendo descobertas falsidades e corrupção, ao longo dos tempos, cujos resultados os conduzem a uma prisão celular.

Que me recorde, em tempo algum,  enquanto o BancoTotta-Standard de Angola foi "vivo", nunca nenhum dos seus membros efectivos na laboração profissional,  foi julgado e preso, por ter sido "vigarista" ou "aldrabão" na sua actividade laboral.

Foi sempre Gente muito séria,  honesta e Trabalhadora...  Infelizmente, alguns estão já no Céu, junto de Deus... e outros, como Eu, cá vivem martelando as teclas do velho computador, para nos  sentirmos como que "desintoxicados" de qualquer malvadez..que ainda  por aí ande !....

Tá?!...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Combater as diferenças...

É publica a minha recente ligação à política via PDR, o Partido Democrático Republicano.  Assim,  esta noite que passou  procurei assistir a um debate  que envolveu o Presidente deste partido,  o ilustre Dr. Marinho e Pinto. Esperei ansiosamente pelas 20h45, curioso pelo  que poderia vir a passar-se. Tudo se passou no programa da RTP1,  "As Palavras e os Atos",  moderado,  o debate,  pelo jornalista Carlos Daniel.

Presentes  no debate,  subordinado ao tema "Há  espaço para os novos partidos ?",  estavam o já referido Marinho e Pinto pelo PDR, a simpática e inteligente Joana Amaral Dias em representação do Movimento AGIR,  o já clássico Garcia Pereira do PCTP/MRPP  e  Rui Pinto do partido LIVRE. Atrapalhado com a gravação do programa  a qual acabei por não concretizar) perdi talvez cinco minutos do debate, mas,  a bem dizer,  quando cheguei a olhar para a televisão já andava tudo à porrada.  Por causa das minhas limitações auditivas não percebia muito bem o que diziam,  mas era evidente que discutiam a bom discutir. Foi a tal ponto que,  no seu estilo sempre energético e  voluntarioso, o  Dr. Marinho e Pinto aproximou-se demais de Rui Pinto que, imediatamente protestou,  dizendo algo como " o Dr. Marinho e Pinto não precisa de gritar aos meus ouvidos". Enfim,  uma salganhada.

Todos diferentes mas,  afinal,  todos iguais...
Parece que ninguém se entende. Parece que uns são marcianos, outros terrestres e outros ainda de Vénus. Dá a sensação que cada um fala por si e para si,  esquecendo que somos todos homens e mulheres de uma mesma espécie. Cansado de tudo aquilo,  desliguei a televisão e fui para o computador. Passando os olhos pelo facebook dei então de caras com um curioso filme que mostrava o salvamento de um inocente cão,  por parte de um golfinho o qual,  para além de enxotar o tubarão que ameaçava comer o cãozinho, o transportou também para um barco que o transportava.




Recomendo,  pois,  a visualização deste exemplo de cooperação e ajuda a todos os políticos portugueses,  pois só assim teremos força para enxotar os nossos " tubarões". Apesar de diferentes,  todos queremos o mesmo: ser felizes ! Ou não ?

Tá?!...

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Esclarecimento público...

Momentos de boa disposição como só o convívio familiar consegue proporcionar


Volto,  por este meio,  que foi,  afinal,  o rastilho de toda a  "polémica" que não estou abandonado pela minha adorada Família nem por alguns bons  Amigos que me dão a honra de poder desfrutar da sua companhia.  Por vezes,  como expliquei,  por via da viuvez a que fui condenado,  sinto falta  da Esposa e companheira de seis décadas,  o que resulta no sentimento de solidão. Mas a verdade é que não podia exigir a ninguém que estivesse todo o tempo a meu lado,  pois as pessoas têm a sua vida e tal não é possível. Ainda mais  apesar das maleitas,  próprias da  idade,  cá vou fazendo a minha vida,  o que nem todos,  do mesmo sector etário, se podem gabar.  Por isso,  digo e repito,  não estou abandonado...

Abandonado está o Senhor Engenheiro José Sócrates,  o qual acometido por uma crise aguda de falta de memória,  se vê forçado a bater com os costados na prisão,  cada vez mais esquecido pelos seus amigos e associados. Esse sim,  coitado,  está abandonado à sua sorte...


Abandonado está, também, o Senhor Carlos Cruz,  também ele preso e condenado por crimes hediondos. Acreditando na justiça,  a qual confirmou, em todos os recursos, a sentença  e que recusou recentemente o pedido de liberdade condicional por que,  passo a citar, "o recluso não interiorizou a culpa nem mostrou arrependimento",  temos que convir que a pessoa em causa fala cada vez mais sozinho e abandonado. Este sim...

Por último, abandonado deve sentir-se o ex-ministro Armando Vara depois de finalmente,  após anos e anos a escapar aparentemente impune às mais variadas acusações,   ter sido preso.  Como se deve sentir abandonado este pobre homem...

Assim,  eu que desfruto da minha Liberdade,  de uma consciência tranquila,  pois sempre cumpri com honra e lealdade todas as minhas obrigações,  documentalmente comprovado,  e que tenho a felicidade de compartilhar a minha existência com as pessoas maravilhosas que são a minha Família,  jamais me sentirei abandonado. Que isto fique esclarecido de  uma vez por todas!

Armando José Carmo Ferreira Baptista.

Tá?!...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Uma machadada a um penoso segredo pode causar vitimas...

Acabo de me aperceber, que afinal os meus blogs já têm servido como motivo de conversas, para troca de  questões, entre Pessoas, sobre os mesmos, que eu desconhecia totalmente. À mesa de um café, numa esplanada, conversando serena e amigavelmente com um descendente Familiar, muito próximo, vim a tomar conhecimento de que afinal tem havido, entre Leitores dos meus referidos bloguismos, troca de impressões e comentários, entre Pessoas, sobre certos textos e assuntos que tenho vindo a publicar, nas minhas edições, quase que diariamente, cujas visualizações de páginas, segundo registos emitido na própria Net, já vão a caminho das 70.000 (setenta mil), que me espanta e surpreende.

Diz a sabedoria popular que o silêncio é de ouro e muitas vezes é resposta e é um amigo que nunca trai. A quebra de um silêncio demorado pode muitas vezes dar uma machadada a um penoso segredo.



Como, por falecimento da que mais amei na vida, após sessenta anos de um feliz convívio matrimonial, vou  espelhando em certos blogs a dor que se infiltra na alma, consequente do Adeus Para Sempre que a querida Esposa emitiu a meu lado, no momento da sua Partida para o Céu, junto de Deus.

Foi-me dito que tenho sido um grande maçador  por  vir tocar muitas vezes no mesmo tema, mas pretendo vir ressalvar uma questão, à qual venho dar a mão à palmatória.

Quanto à solidão e isolamento que se seguiu após o falecimento, não existem  palavras que possam exprimir o que vai na alma de quem perdeu o seu melhor Tesouro da Vida, mas, psicologicamente, Solidão e Isolamento, são significados que não se coadunam com qualquer tipo de ABANDONO !

O termo abandonado não quer de forma alguma significar que a Família, ou os Amigos, tenham posto o recente "viúvo" no caixote de lixo. Antes pelo contrário, a assistência doméstica, por parte destes, é religiosamente praticada e verdadeiramente EXEMPLAR.

Só que abandono é simplesmente significado de ter sentido a ausência física  de quem, logo pela manhã, costumava dar o seu  amoroso beijinho - a Mulher, com quem jurara, no Altar, que só a morte é que nos separaria.

Tá?!....

terça-feira, 21 de julho de 2015

"A Lenda de Afonso I, Rei de Portugal"...

Inspirado numa legenda que no facebook vem inserida numa das colunas da Net, vasculhei o longo capítulo  que na referida Internet  vem publicado, relatando , com muita preciosidade, o que foi a vida reinante do primeiro Rei de Portugal - D. Afonso Henriques, que recomendo venha a ser consultado, para que os Portugueses  notem, em pormenor, o que foi a valentia deste "valeroso" Lutador Português, embora nas nossas idades de vida escolar, tenhamos  aprendido como se fundou este nosso País... PORTUGAL !.

Eis a foto inspiradora..



Na Internet vem publicada um extensa versão relatando os efeitos históricos deste famoso Rei , que fundou  Portugal, sob o título

 "A Lenda de Afonso I, Rei de  Portugal"

que descreve, em certas particularidades históricas, que o Rei D. Afonso Henriques, em momentos beligerantes, esteve envolvido em "desencontros" muito sérios, com a sua Extremosa Mãe, DONA TEREZA, com  a qual chegou a ter sérios e vitoriosos  desentendimentos de cariz patriótico.
Não nos chocará, saber, que, a despeito destas divergências hostis que se desenvolveram, e apesar de tudo, as  

PAZES ENTRE MÃE E FILHO

não teriam sido afectadas, na hora em que as  suas sangrentas  espadas  recolheram  ao silêncio dos cofres sagrados.

Tá?!...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Recordações vagas e não apagadas...

Esta temperatura agreste de perto 40 graus à sombra, leva-me a ter que permanecer sossegadamente   retido em casa, pois,  não querendo contrariar as recomendações que o Médico me prescreveu, face aos resultados de análises clínicas acabadas  de ser realizadas, de que estaria sujeito a ficar estendido no meio da rua, morto, se as não cumprisse,  lancei mão, para me distrair e afugentar a solidão  provocada pelos meus perto de 90 anos de idade,  e ainda por cima, por recente viuvez, a alguns dos  meus registos cinematográficos (e fotografados), de excertos da minha turbulenta e honrada vida no passado...
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Largo da Luz em Lisboa - primos Lampreia....
Em Cabinda - Armando e o irmão José Duarte (já falecido)..









Tá?!...