quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lembrando velhos tempos.


Há  momentos curiosos na vida, que, por muito que  pensemos, chegamos a perguntar  a nós próprios. qual  o motivo  porque veio a minha  lembrança, agora,  este  pensamento  ?

Vou tentar,  pormenorizar, o que  pretendo historiar, mas com bases reais:-

Ao sair do Cemitério,  após ter visitado a Sepultura onde  repousam  os restos  mortais da minha saudosa  Mulher, que ao fim de sessenta anos de casados, Deus chamara-a  a sua Divina Presença,
ao arrancar com o meu velho automóvel, cruzei-me com um camion que transportava  uma curiosa carga, que me chamou a atenção, pela sua aparência:  - uma  muito antiga viatura automóvel, daquelas que, para arrancarem, teria que se dar, primeiro,  a manivela,  que estava  suspensa  sob  o  motor, na parte dianteira.

Por qualquer razão, inexplicável,  veio a minha mente, um curioso facto, que me lembrou certa ocasião, ha´muitos anos, em que o meu Avô, Joaquim do Carmo Ferreira,  conversando com Alguem, estava dando conta de uma situação, que ouvi contada por Ele, e que passo a relatar.  Desde já esclareço, que, infelizmente,  serei presentemente, talvez,   a única pessoa ainda viva que possa  relatar  o que ouvi , directamente, da boca do meu Avô.

O que depreendi, foi o seguinte:-

Estava contando, que certa ocasião, ao deslocar-se com a Familia, (Esposa e Filhas), no seu carro, pelo sertão africano, em Angola, pois as suas responsabilidades administrativas  estendiam-se por quase todo o território, certa vez,  o carro que conduzia ,  "empanou",  em local deserto, e muito distanciado de  qualquer cidade ou vila.

Criou-se o pânico entre os "passageiros", pois, quanto a socorros,  "nicles"...

Para acalmar  os ânimos, dizia, então, Ele, para as Filhas:-  " Vem lá longe uma camioneta que nos vai   "salvar "... Era mentira, não vinha nada... E, parece, que as  coisas se tinham complicado...

Depreendi, posteriormente,  que houve salvação ( não sei como...) e que tudo acabou em bem !

Fiquei, com a impressão, mais tarde, pelo que ouvira, que o problema tinha surgido porque a manivela  que fazia mover o motor do carro, se tinha perdido.

E daí, talvez,  por me ter cruzado com um carro  antigo, com a sua manivela, pendurada no  "focinho"    do automóvel,   me tenha despertado este episódio, que, como disse,  suponho não haver agora  pessoas ainda vivas que possam confirmar semelhante episódio , ocorrido  nos caminhos da Angola do antigamente...

O interior selvagem de Angola

Certamente, mais ninguém, neste Mundo,  poderá confirmar  ter ouvido ou presenciar a conversa entre o meu Avô e as outras Pessoas, pois  todos aqueles que a  escutaram , já morreram , de certeza.......Paz as suas Almas ...

Tá?!
.








quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Composição...

No mesmo espaço,  várias imagens. Nessas imagens, diferentes momentos. Momentos diversos,  com pessoas diferentes.

Uma pequena composição de imagens de um  dia que não me canso de recordar, ( festejo  de    um  feliz encontro familiar ( Carmo Ferreira ),   num formato aglutinador,  que junta no mesmo diapositivo vários fragmentos. Mais uma experiência...



                                                Viva   a união  familiar ..,

Tá?!...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

As voltas que o mundo dá !...

                                                      Carmo Ferreira...

Há muitos anos, este nome Carmo Ferreira, soou por terras de Angola, em  vários Distritos, por ter existido  um Grande Homem, impulsionador de uma sã e digna vivência entre gente trabalhadora, de várias origens epidérmicas diferentes, que, em comum, e sob sua orientação, deram inicio a construção e edificação plena, de uma parcela na África Ocidental, que hoje se chama ANGOLA. Foi a exploração mineiro, caminhos de ferro, administração pública, agricultura, obras públicas e conotações de índole religiosa, sobretudo católica. Essa figura, foi o meu saudoso Avô, Joaquim do Carmo Ferreira, que me incutiu, logo no inicio da minha juventude, na idade estudantil, que me orientasse e seguisse sempre, ao longo da vida, pelos divinos princípios da igualdade, respeito, dignidade e honra.

Hoje, sepultado em Nova Lisboa, Angola, onde jaz, aquando do seu funeral, sob o hino nacional e a coberto da Bandeira de Portugal.

Circunstâncias normais que o curso da vida impõem, a qualquer um, foram-me conduzindo, posteriormente, passo-a-passo, e em década-em-década, para diferentes pontos territoriais de Portugal, e, actualmente, fico aguardando que Deus me conduza, naturalmente, para debaixo da terra, em Olhão, atendendo à idade que já vai pesando....

Surgiu-me, um dia, a ideia, de entre muitas outras, que a velhice contempla, de tornar "viável" um  hipotético encontro e reencontro, familiar, da maioria dos descendentes directos da linha Carmo Ferreira, então espalhada por esse mundo fora..

A sugestão pegou, e por via do incremento e intervenção dos filhos, netos, netas, tios, tias, primos, primas, sobrinhos, sobrinhas, e... por aí fora, heis que, resultou, no que, as próprias imagens espelham, num convívio  realizado em Sintra,  com perto de trezentas presenças, em que a própria imprensa  se interessou em publicitar (v. "Brisas do Sul"), que, talvez tenha  sido por  essa via que o evento chegou ate ao conhecimento de residentes no Brasil, Estados Unidos da América e... Europa.., de quem tenho recebido felicitações.


                                 Que grande lição de Amizade e Amor, que se presta ao Mundo...


    e... no meio dos  NETOS E NETAS... o mais velho de todos ...o Armando (e a sua cadelita)..


Bem hajam. Inédita confraternização...

Tá?!.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O "dragão" da vida...

E escrevia,  no seu livro, o escritor Agualusa - " A Conjura",   " que a força e a originalidade  de um genuíno romance  angolense só se poderá conseguir  através da sábia mistura entre o imaginário e a realidade.  Porque é assim que nós somos."..

 Pois, se assim  é,  aqui vai um  "contosinho",  talvez com uma mistura romanciada,  que, em Angola,  na idade em que, nós, os "miúdos" para  irmos  à caça,  tinhamos  que  ir munidos de uma boa "fisga", pois, o objectivo era apanharmos alguns pardais,  ou  periquitos,  que e encontrássemos no caminho,  cheio de lama , que as fortes chuvadas provocavam. Quanto ao uso de armas de fogo, nem pensar, porque, essas, só os militares é que as usavam.  Além do mais,  na data, cada um de nós , infantis,  tínhamos uma dimensão muito menor que  qualquer  arma de caça , à venda nos estabelecimentos apropriados nesta matéria....

Sentiamo-nos,  nas nossas aventuras infantis, uns ferozes caçadores, mas, tremíamos  de medo assim que sentíssemos,  e ouvíssemos,  entre o espesso  capim,  um  simples zurrar  de qualquer burrito, que estivesse  por ali  a pastar...

Evidentemente,  que  os nossos  Familiares, adultos, vigiavam-nos, mas, como é do conhecimento geral,  os campos, mesmo  os do tipo da selva, em Angola,  são muito  vastos e longos,  e estendem-se quase que até ao  fim do mundo - são  himbondeiros , com as múcuas- cajueiros .- espinheiras - palmeiras espinhosas, etc...

Um dia, somos surpreendidos, com um estranho barulho notando-se que  a uma distancia  era visível um  " rodopiar"  entre o alto  capim,  que nos assustou... e, a conselho, reunimo-nos todos, de imediato, aguardando os futuros acontecimentos..

A uma distancia que se perdia de vista, havia uma fazenda, de um  próspero comerciante que tinha grandes negócios, que incluía transacções  de  animais vivos, como vacas, bois, cabritos, cavalos, etc.

Nisto,  repentinamente,  fomos todos surpreendidos com a aproximação de um majestoso cavalo que perseguia um  pequeno  veado, que fugia à sua frente, e , perdemo-los de vista,  de seguida.

Já são passados muitos anos, mais de setenta, mas ficou-me  na memória  um espectáculo impressionante, que, procuro reter em imagem fotográfica, como a presente...





                     A vida real  também tem disto...  os "Poderosos"  tentando "comer" os...



Tá?!...


domingo, 27 de outubro de 2013

"Deus, Pátria e Família"...


Em  espiral enroscada como o caracol,  não me saem  do espírito, as epopeias  que vêem contadas  na obra literário , " A Conjura",  que o meu  compatriota, José Eduardo Agualusa,  publicou há tempos, relatando factos e feitos ocorridos,  num distante passado, na  ditosa terra africana - ANGOLA .

O nome de Carmo Ferreira, que frequentemente , nesse livro,  é reportado, emocionou-me de tal forma, pois creio reconhecer a postura  de heroísmo  e dedicação   que  vêm  relatadas  e que foram  praticadas  por tal eminente  Figura,  em terras de Angola,  em  virtude  de um ardoroso e feliz  convívio que,  em Angola (terra do meu nascimento), cheguei a ter, na minha infância, com o meu  patriótico Avô, que se bateu em Angola e aí  ainda "permanece", sob a  terra:  curiosamente chamado Joaquim do Carmo Ferreira.

 Durante muitos anos,  talvez por "herança" , dediquei-me, domesticamente, a fotografar meio-mundo,  por onde passava,  sempre  acompanhado por Familiares, e por ultimo com o ressurgimento das maquinas de filmar, colhi imagens, que porventura  até algumas possam ser consideradas "historiaras", como por exemplo as  "Torres Gémeas", na América, agora inexistentes.

Monumentos erigidos durante o tempo da "colonização", permanecem ainda "resguardados", em foto, nos meus velhos cacifos, já  um tanto  "bolorentos" !

No entanto, vou aqui  repercutir uma parte de um texto, histórico, do "Agualusa", de merecido interesse  para com todos os bons portrugueses...

Existe, porem , uma  certa curiosidade:- Num local onde foi implantada uma colónia  constiutida por ilheus da Madeira,  e  em que foi erigida um pequeno  monumento em sua homenagem ( v. foto),  quem preservava e cuidava do Cemitério que la ficara , era  o Preto que cheguei a fotografa-lo, no momento em que ia regar uma planta,no cemitério.


E, atenção a redacção textual que vem  publicada na pagina 68 do livro acima identificado:-

Um procedimento  que honra o seu Pais - SILVA PORTO.

"Quando o velho colonialista  Silva Porto  se embrulhou na bandeirinha azul do reino  e empoleirado num barril de pólvora, se fez explodir, a  ele e â sua libata e a todo o armamento e munições, sabia  com certeza que estava a lançar petróleo à alta fogueira dos ódios nacionalistas e, assim, indirectamente, a perpetrar um massacre. De facto, quando o idoso capitão-mor estoirou, vivia-se em toda a colónia a ressaca do  Ultimatum britânico e a sua atitude, que noutra altura talvez tivesse sido apenas motivo de troça,  empolgou os colonos, agitou os governantes e ditou a sorte do orgulhoso Ndunduma, cujos guerreiros foram incapazes de resistir ao assalto combinado de duzentos e sessenta caçadores indígenas, doze cavaleiros, oitenta mercenários bóeres, trezentos dâmaras e quarenta bastardos, todos sob o comando do brilhante capitão  Artur de Paiva"...







E aqui fica a historia de um brilhante  oficial portugues, que,   por dignidade e honra  imolou-se , num barril de pólvora, em Angola, embrulhado  na bandeira do seu pais,  por se sentir traído   pelas  falsas companhias regimentais...

Um bom português que soube respeitar o que é    DIGNIDADE E HONRA !...


Tá?!...

sábado, 26 de outubro de 2013

Emocionantes imagens ...

Espantosa coincidência... ..

 Com a devida vénia e, respeito, reproduzo o que no verso do livro, de autoria do escritor angolano, José Eduardo Agualusa, " A CONjURA", tem impresso:

..."Entre 1880 e 1911, na velha cidade de São Paulo da Assunção de Luanda, histórias se passaram que a História não guardou. Histórias de amores e de prodígios: rumores que persistem em antigas ccanções.  Nessa época. de tuberculentos sucessos e mudanças quando nas ruas de Luanda se cruzavam as tipóias dos nobres senhores africanos com as quibucas de escravos e os degredados vindos do Reino se entranhavam pelos matos em busca de fortuna, nessa  época todos os sonhos eram ainda possíveis. A Conjura conta um desses sonhos. Talvez o maior..."

Da união matrimonial dos meus antepassados Bisavós, nasceram os meus saudosos Avós -  Helena e Joaquim do Carmo Ferreira,-  que por sua vez geraram seis filhos, tendo  a filha mais velha  ( Minha saudosa  Mãe, Maria Helena) casado religiosamente  em  Cabinda, Santo António do Zaire, (Angola), com o meu Pai, Domingos José), de cujo religioso enlace vieram  depois dois lindos "pequerruchos", sendo eu, então,  um deles...( o Armando e o outro  José Duarte) , ambos ainda vivinhos da costa,  quase  "centenários" ....

Como o mesmo sangue me corre nas veias,  e atendendo que os meus antepassados acima mencionados dedicaram maior parte da sua existência a Terras de África ( e não só), face ao preâmbulo descrito no livro acima  apontado,  procuro, nos meus frágeis  blogs,  prestar alguma evidencia  as sementes  de  heroísmo e abnegação  que, no passado,  os meus Avós deixam  lavradas nos nossos terrenos, para cultivo futuro......

A coincidência provem do seguinte:- Em determinado o relato  de uma das "estórias",   passadas em  África, a certo ponto, ao desfolhar  de pagina, observei  que numa certa altura, o autor, faz real evidência , a um  determinado  relato,   referindo-se  a  anteriores  incidentes havidos  entre de grupos  comerciantes, notando-se, de seguida,  uma passagem  em que se festejou , na zona da Catala, o estabelecimento surpreendente , de uma Colónia de ilhéus da ilha da Madeira.

E... foi, precisamente, num dos meus passeios, pelas terras onde nasci,  (Angola-Luanda) que, há anos atrás, tive o ensejo de fotografar o monumento que se erigiu, na época,  em homenagem  à colónia  que os  Madeirenses, instalaram , no local,  em 1884,

Tá?!...




sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Apoteótico...


Fique deslumbrado com a  recente leitura desta maravilhosa obra literária, "A conjura", de autoria de José Eduardo Agualusa,  só agora possível, por razoe  imprevistas,  Esta obra prima, foi-me impulsionada,  por  uma  muita querida e saudosa  Prima, ja falecida,  que  em carta  que  me dirigira, no passado, adiantava o seguinte: (que transcrevo com saudoso respeito:-
 
",,,registei a traços largos, dados que têm início no século XIX quando  nasceram os nossos Avós Helena e Joaquim e vão até os anos 80 do século XX"..."

E mais adiante...

..." Já não digo que consigamos ter tantas histórias sobre Cqrmo Ferreira como o Agualusa que no livro  "A Conjura" começa com um um poema do Tio Lourenço  e termina com a morte de outro imaginário..."


Tinha toda a razão, esta  minha  Prima (nascida na Índia Portuguesa) no que me  escrevera!,,, Eram tantas as pagina sim,  pagina não, em que o nome de Carmo Ferreira aparecia no meio de"um  turbilhão" de aventuras, e intercalado no  meio de tanta gente,  que a certa  altura  comecei a ficar um pouco "confuso", sobre a minha  suposta  ligação  familiar com tal Entidade.  Senti   muita semelhança, porém,  tanto em comportamento e actuações descritas na referida obra literária ,  que  eu, em  iguais circunstâncias, actuaria e comportar-me-ia  de igual forma , como as exercidas  por Carmo Ferreira. As suas  acções (e reacções) sempre foram dignas e exemplares.

Sem dúvida que o Carmo Ferreira foi, no seu tempo,  um autentico Herói, em África, em Angola, que é a terra onde nasci , no século passado. O convívio  que cheguei a ter com o  meu avô, JOAQUIM  DO CARMO FERREIRA, na minha adolescência, foi  em Luanda. Já não me foi possível, assistir ao seu funeral , em Nova Lisboa (Angola) onde foi sepultado com  honras militares, e a coberto da Bandeira de Portugal.

..." E aqueles que por obras valerosas,
    Se vão da Lei da Morte libertando..."

(Luís de Camões)  
 

Tá?!...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A chama da integridade...



Para quem  estas imagens nada lhes diz, é absolutamente aceitável  a indiferença  que lhes possa causar que um grupo de Pessoas, aparentemente desconhecidas, se reúna, mesmo que seja para saudar e manifestar  qualquer tipo de  acontecimento, e que, no fundo, venha a merecer alguma publicidade jornalística.

O autor destas linhas, teve o ensejo de se integrar no grupo,  pois, sendo o mais idoso (portanto o mais velhinho de todos eles) foi considerado o super Avô de todos os protagonistas presentes, porque a todos eles corria, genealogicamente, o mesmo sangue que germinara a linha Carmo Ferreira, que era o homenageado pelas suas altas virtudes  de condução da vida, enquanto foi um grande Vulto nosdomínios  administrativos da  expansão  territorial  Angolana, em pleno  século XIX e XX...(dezanove e vinte !)

Despertou à Imprensa alguma atenção o facto de entre os presentes, portanto, familiares que se deslocaram das suas  actividades sociais, para poderem estar presentes neste convívio inteiramente familiar, em Sintra, como Engenheiros, Médicos, Doutores noutras áreas, Contabilistas, Bancários,  Agricultores, Analistas, Militares, Postos da Marinha, Aviadores, Motoristas e tantos outros Dignos Representantes em diversas áreas, tanto Mulheres como Homens, não se excluindo as criancinhas adoráveis bem como os humildes e dignos Reformados (como eu próprio já o sou há muito tempo...).

Bem hajam....


Tá?!...

Um raio de sol espreitando timidamente...

Transcrevo ,  parcialmente, do meu anterior blog, a seguinte passagem, inicial, que  ajudará a interpretar a razão pela qual dou novo "ênfase" ao assunto, presente (com  repetição) nesta publicação de teor bloguista.

"Nas nuvens...
                     Olho pela janela e vejo o céu carregado de nuvens cinza e, de quando em vez, um raio de sol espreita timidamente... Aqui,  frente a este monitor faço  aparecer, como que por magia, palavras e imagens,  memórias de sempre que nunca se apagarão."
..." Ao reler velhas cartas sou direccionado para imagens mentais que procuro materializar  em imagens reais..."

Nem de propósito!  À tardinha,  já com um sol  "radioso",  ocorreu-me a ideia de "vasculhar" papelada, que há muito conservo num dos meus privilegiados "caixotes das divinas lembranças", e reparo em determinada cartinha, que uma saudosa prima me enviara, em Outubro de 2008, da qual  destaco, apenas, a seguinte passagem do seu texto. até porque  foi com todo o carinho que a guardei,  atendendo que a querida e saudosa  Autora (Maria João) nascera   na nossa antiga Índia Portuguesa.

"Penso que com a colaboração de todos  os  Primos vamos conseguir um resultado interessante para netos e bisnetos... Já não digo que consigamos ter tantas histórias sobre Carmo Ferreira como o Agualusa que no livro "A Conjura" começa com um poema do Tio Lourenço e termina com a morte de outro parente imaginário..."-

De há muito que procuro esta obra literária, na medida em que o nome de Carmo Ferreira, que  entre muitos outros,surge permanentemente  em  contos vividos em terra Angolana, e relatados nesta valiosa e surpreendente obra , de que não me canso de reler, após te-la adquirido, muito  recentemente.
Parabéns ao Autor de  obra tão encantadora. Ambos somos angolanos...



Dou destaque, ao soneto subscrito por L do Carmo Ferreira, 1902 (que presumo seja Lourenço do Carmo Ferreira), e que presumivelmente  possa ter sido um meu louvável ... tio-bisavô !...

"Luanda é boa: não vem cuco que se não transforme em andua..." ( provérbio luandense).
"[...]
Eu vi, sonho sublime! - em célico clarão!
ressurgir Angola em meio da escuridão!...
Oh! Fontes, ao clarão de uma aurora virginal,
vi realizar-se o teu íntimo ideal "
Vi então Angola das vascas  dàgonia
erguer-se esplendorosa à luz de um novo dia
reinava a harmonia; o sol da igualdade
já de luz,  inundava a livre humanidade
E que belo deve ser para o peito angolano
ver vingar o Direito e a queda do tirano?
tudo isto antevia no sonho fabuloso
envolto num clarão, etéreo, luminoso.
Porém quando acordei a negra realidade
mostrou-se bem crua: nula era a igualdade
utopia o Direito e zero a Liberdade ! [...]"




Tá!...

Nas nuvens...

Olho pela janela e vejo o céu carregado de nuvens cinza e, de quando em vez, um raio de sol espreita timidamente. A vida corre  devagar, os jardineiros aparam a erva que cresceu demasiado com a chuva dos últimos dias. As pessoas caminham, indolentes, para o seu destino. Aqui,  frente a este monitor faço aparecer, como que por magia, palavras e imagens,  memórias de sempre que nunca se apagarão.

Da minha caixa de surpresas infinitas continuam a surgir pedaços que tento juntar a um ritmo frenético, mas nunca suficiente para acompanhar a avalanche de  ecos quase imemoriais de memórias que me assaltam a todo o momento.

Hoje, com mil e vinte e seis meses de idade, com os segundos sempre a contar, recordo os que já partiram,  revejo os que cá estão e assisto à chegada dos que vão chegando. Junto tudo e sai muito. Por muito que procure, encontro sempre mais.

O alegre encontro/reencontro com familiares que, por via da própria vida, se encontram espalhados por todo o Mundo, parece ter despertado ainda mais a sede de lembrar, rever e voltar a registar com receio de algum dia vir a esquecer...

Ao reler velhas cartas sou direccionado para imagens mentais que procuro materializar em imagens reais. Agarro nos meus "caixotes" e lá está aquela foto ou aquele filme com aquela imagem que vagueava pelas curvas quase insondáveis de um cérebro  naturalmente cansado. Mas não desisto. Para que todos se lembrem de ontem e de hoje no amanhã,  alguns terão que assumir o papel de cuidadores de memórias. É assim, com modéstia mas com  empenho que vou juntando as peças de um puzzle interminável.

Desta vez juntei umas quantas imagens, esperando que alguém se lembre  de outro alguém e que faça despontar uma nova  história para ser contada e recontada.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Reaccionário assumido...

Várias vezes fui chamado de reaccionário. De novo sou chamado a reagir face à nova vaga de cortes e recortes que o senhor Coelho & Associados preparam para os próximos tempos.

Gostava de os ver sobreviver com 600 Euros por mês. Gostava de os ver se esses 600 euros ficassem ainda mais curtos. Isto ao mesmo tempo em que se continuam a injectar milhares de milhões de Euros em pequenos Bancos, em Parcerias duvidosas e quando quem rouba uma lata de sardinhas é preso e quem rouba milhões é louvado ou então tem direito a prisão dourada.

Os exemplos têm que vir de cima. Noutros tempos, alguém com muitos defeitos,  como de resto todos nós,  procurava assim fazer. Muitos o odiavam. A liberdade não era,  de facto, a de hoje, mas a honestidade era de ontem,  porque hoje já se perdeu...




terça-feira, 22 de outubro de 2013

Recordando sonhos divinais desfeitos...

ÁLBUM DA FAMÍLIA...
Neste velho álbum, que há cerca  de 70 anos, "alberga" fotografias que nos fazem recordar velhos tempos  em que, na nossa meninice, mal  prevíamos  o que o futuro nos reservava, quando atingíssemos a velhice, ou pré-velhice, para uns tantos...

Bons, menos bons, e também cruéis cenários, envolveram-nos, ao longo do percurso da vida,  em cenas e situações que, para uns, dá vontade de rir, enquanto que, para  outros... verter lágrimas,  ao consultar as películas fotográficas.

Mas, enquanto estivermos  pisando por cima do terreno, sejamos optimistas, pois quando nos encontrarmos por baixo do mesmo, aí... chapéu !...

Em blogs anteriores, e à medida que me tem sido possível, tenho vindo a retratar  familiares meus, da linha Carmo Ferreira, e que a alguns, deixei de os ver, a partir da minha infância.

  Primos Ana Maria e Artur Helder  - 16-3-1946 
   Prima: Ana Maria 29-4-1945 

Benditos Sejam ...

Tá?!...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Informações jornalisticas...

Capa do Jornal "Correio da Manhã" de 21 de Outubro de 2013

Em matéria biológica, como  é costume dizer-se, sou um autentico "nabo"...  e, por  essa razão, recorri ao Dicionário  Enciclopédico Koogan-Larousse das Selecções do Reader's Digest a fim de me esclarecer, em matéria cientifica (que,como disse,  sou um  autêntico "analfabeto"), como é possível haver mudanças  de sexo, em indivíduos que logo à  nascença são reconhecidos como sendo da estirpe feminina ou masculina, ou seja, Homem ou Mulher...

Encontrei as seguintes definições que, em certa medida,  pouco ou nada  me adiantaram,dado o saber cientifico contido na resposta, nos  termos seguintes:

"HOMOGAMÉTICO, diz-se do sexo cujos gâmetas contém o mesmo cromossoma sexual.  Na espécie humana a mulher é o sexo homogamético, porque todos os óvulos contém um cromossoma. Cf. HETERCGAMÉTICO.

heterogamético  Diz-se do sexo cujos gâmetas diferem nos cromossomas sexuais. Na espécie humana o homem é heterogamético porque os espermatozóides contêm um cromossoma X  ou um cromossoma Y. Cf. HOMOGAMÉTICO ".

Perante esta explicação, de cariz cientifico, fiquei na mesma !!!..  Homem, é o que usa calças, enquanto  a  Mulher usa saias. Pelo menos, dantes, era assim ...

E, agora, pergunto eu:  O Papá depois da mudança de sexo, passa a ser "Mamã", e a Mamã pela mesma razão passa  depois a ser o "Papá"???...

O que  muito me surpreende, e desgosta, é, ao acordar, e a  caminho do WC, sou de imediato  confrontado  com um digno jornal, lido por milhares de pessoas, talvez nas mesmas circunstâncias na satisfação de obrigações matinais, que em primeira página dá destaque a fenómenos humanos de relevância , de certa maneira reservada, e um zero à esquerda ao principal problema no País, que é o que nos assusta, a Todos... Cortes nos  Salários e eliminação de Pensões ...

... a caminho dos meus 90 anos, reformado,  é a  minha nobre  maneira de pensar, nos tempos actuais.  Estarei errado ???.... 

Tá?!...

domingo, 20 de outubro de 2013

O toque do clarim do silêncio...

Domingo, na  fase final do Outono,  ouvindo a missa pela televisão, sentado na cadeira  frente à secretária, onde assenta  o computador,  e dada a circunstancia  na  dificuldade de deslocar-me , só  possível  apoiado  na  "muleta",  penetram-me  aos ouvidos, preces especiais que assumem uma intensidade  de lembrança de  Pessoas que andaram comigo ao colo, e que, em terra em que ainda  flutuava a Bandeira  Portuguesa, desceram à cova, ao som de  clarins entoando, heroicamente,  o hino nacional Português.

Muitas andanças percorri, ao longo dos tempos,  por esse mundo fora, e, em muitas  cidades visitadas  em Angola,  que percorri,  sempre ouvi grandes louvores de heroísmo e dedicação destinados  a quem   respeitarei sempre : - o meu  querido Avô:- . Carmo Ferreira.

Muitas vezes houve quem  me chegasse a lembrar  um  companheiro seu antigo  - General Norton de Matos,  que, inclusivamente,  foi padrinho de casamento dos meus saudosos Pais em Santo António do Zaire - Cabinda- Angola.

Para suavizar a solidão e isolamento  que a  recente morte da minha saudosa Mulher( Alvarina Teresa)  me causou, lancei-me a uma ocupação que me livra, em certa medida, do "holocausto" que advém  do afastamento nupcial  que durara  sessenta anos, E daí.. os meus imensos blogs, nos quais vou contando as minhas "proezas e aventuras"  que percorri  ao longo  dos meus  86  anos, e que  me vão aliviando  dos momentos de um  causticante  silêncio pois, por vezes, não tenho , sequer,  com quem falar, durante  horas e horas a fio...

Já amontoei  páginas e paginas   contendo textos e fotografias das  minhas meninices e velhices, de entre as quais  relacionadas com a figura que acima, saudosamente,  me reporto :- O querido e respeitável  avô...
                                        Joaquim  do Carmo Ferreira;-


Locais visitados, entre outros...

....A atingir 40 volumes- encadernados !!!...
Tá?!...




sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O som do silêncio...

Meditando acerca de uma publicação há bem pouco tempo inserida num dos meus blogs, em que relatei  a grande amizade e feliz convívio fraternal  que  nos corações da família Carmo Ferreira se mantém cimentada, expressa numa reunião que concentrou e reuniu Avós, Pais, Tios, Tias, Sobrinhos, Sobrinhas, Primos, Primas e respectivos cônjuges, alguns até acabados de chegar de países distantes, obviamente com  idades compreendidas entre os 86 anos de idade e os que, em ventre materno, aguardavam  a feliz  hora do seu parto, acompanhou-me sempre, a despeito do feliz momento que se festejava, a ausência dolorosa dos entes queridos a quem não foi possível estar presente, no grupo festejante,  porque Deus os chamara à sua Divina presença, antes  da realização do presente encontro, que se realizou  na cidade de Sintra .

Senti muito a falta de companhia da minha própria Mulher (Alvarina), bem como de muitos outros membros da Família, que pelas mesmas razões acima apontadas, as suas "vozes"  foram ouvidas e sentidas, vindas do Céu.

Um doloroso  exemplo... de criança  à Cova ...


(Paulo, filho da prima Maria João, ambos falecidos)
Foram muitas as ausências  que  motivaram,  igualmente,    muitas  saudades.. saudades !....

Crédito ilimitado

Anunciam-se dias negros. O Governo, mais uma vez, vai buscar onde é mais fácil tirar: Reformados e Funcionários Públicos. É como tirar um doce da mão de uma criança, pensarão eles.

Como um cartão de crédito com plafond ilimitado, é mais do mesmo. Até quando ?

E quando não houver ninguém para esmifrar ? Poderão as pessoas recusar-se a reconhecer a legitimidade de tais politicas ?

Como um cão sem dono,  não temos quem nos proteja da loucura desenfreada que "os mercados financeiros" impõem  a coberto de promessas sempre adiadas...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Efémero digital...

Hoje é tudo digital: o vídeo, a fotografia, a televisão, o telefone, até os livros são digitais. Perdeu-se o prazer do toque analógico, ganhou-se facilidade e rapidez de acesso a informação de todo o tipo. No entanto,  da mesma forma que acedemos instantaneamente a qualquer pedacinho de história que guardemos, seja de que forma for, também é fácil e rápido apagar essa memória para todo o sempre.

As fotografias em papel, a moldura estática, o sorriso sempre pronto,  as páginas de um livro amarelecidas pelo tempo, é tudo coisa do passado. O real passa a virtual, o durável a efémero. Sinais dos tempos, dirão alguns, tempos estranhos, acrescento eu.

Guardo, com enorme carinho, um vasto arquivo de fotografia e filme que os meus netos podem ver e desfrutar. Se os vossos netos irão ver  as vossas imagens digitais, guardadas em minúsculos cartões de memória,  isso estou em crer será dificil.

Imprimo, gravo, copio, reescrevo, volto a imprimir e gravar. Pode ser que assim,  espalhando pelo infinito, possa mostrar aos netos dos meus netos como eram os Avós dos seus Avós.

Dia 5 de Outubro, dia importante para Portugal  que alguém achou, a bem da Nação, desconsiderar anulando o feriado comemorativo, teve lugar uma importante reunião de família,  lá para os lados de Sintra, que juntou membros da família  Carmo Ferreira de todas as gerações. Honrado por me ter sido permitido estar presente,  fiz questão de, mais uma vez, guardar fragmentos de tempo que por um momento é presente para, no segundo seguinte, ser passado. Espero poder assim contribuir para que os netos dos netos, crianças hoje, velhos amanhã, possam saborear momentos tão efémeros quanto a própria vida...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Rejeição (?)... - Capitulo II

Há  algum tempo atrás, e aliás, já  relatado num  blog, sob o titulo "Rejeição (?)" , frisei o facto de  me ter sido devolvido, pelos CTT, um envelope, no qual coloquei um selo que adquiri num estabelecimento vendedor de selos de correio, confiante de que a selagem estava correcta, de harmonia com a  informação prestada à vendedora sobre o conteúdo documental inserido no referido envelope, constituído somente por simples folha de tamanho A /4 .

Na manhã  imediata de ter colocado o envelope no marco do correio no horário oficial, fui surpreendido com a devolução do mesmo, por parte dos CTT, com a alegação de que o peso estava excedido e que portanto o valor do selo colocado era  insuficiente, impedindo assim, a sua entrega ao destinatário, e em cuja face do envelope colaram um  aderente forte que ocultava  todo o nome e direcção do destinatário.

Recorri aos CTT mais próximos, e, no mesmo  balcão puderam descolar, com dificuldade o tal aderente, e lá se conseguiu, que no mesmo envelope, fosse reposto o nome e direcção do destinatário, tendo-me sido pedida a quantia de vinte e cinco cêntimos para que  o mesmo  seguisse, de imediato, para o destino .

Solicitei ao destinatário que, após a  recepção da carta, me remetesse o envelope, como comprovante (que reproduzo fotograficamente, mas  desta vez sobrepus  no local do endereço do destinatário, por razões óbvias, um pedaço da  caixa do  remédio, urgente, adquirido na farmácia, que era o que se pedia na correspondência expedida solicitado-se a indispensável Receita Médica..

E, já agora, uma pergunta: Se a carta não tivesse o nome do remetente, ou se estivesse  incompleto, o que sucederia ?...

Frases...

Eu sei que já cansa. Eu estou cansado, Vós estais cansados, estamos TODOS cansados. Cansados, fatigados,  absolutamente extenuados de tanta  algaraviada, de tanto dito e contradito que nunca leva a lado algum.

Os nossos queridos Governantes primam pelo varrer o lixo para debaixo do tapete,  trocando acusações de favorecimento, compadrio, incompetência,  entre outros,  cujo teor apenas muda consoante o lado da barricada (Governo ou Oposição) em que se encontram. Mas a verdade é que, chegada a altura, todos são iguais: façamos aquilo que nos convém,  mentindo o mais possível,  em favor de interesses estabelecidos que nos ajudam se nós cumprirmos a nossa parte. É isto que todos, políticos, pensam quando chegam ao poleiro.

Certo ex-presidente da República veio agora dizer que estes que agora nos governam deviam ser julgados em tribunal depois de cumprido o seu mandato. Porque não serem julgados já ? Porque não julgar políticos que nos (des)governaram em legislaturas anteriores,  incluindo o dito Senhor ? Provavelmente seria bom para o sector da construção civil nacional, tendo em conta o número  de novas prisões que seria necessário construir para albergar tantos corruptos...


Tenho dito !


domingo, 13 de outubro de 2013

Recordar é viver...

Pessoa Amiga, jovem, ligada aos meios literários, incentivou-me a passar ao papel, histórias e episódios de que me lembre, passados  na minha juventude, que tenham tido alguma relação, sobretudo, ligadas a meios familiares que já tenham perecido.

Como estou a caminho dos noventa anos de sobrevivência, é muito natural que  pouco tempo me restará para vir contar algumas peripécias, ocorridas na vida, das quais já só haja pouca gente que  retenha em suas memórias , entre nós, actos e factos ocorridos há perto de uma centena de anos.

Como ainda me resta alguma lucidez, a despeito dos meus 86 anos, aqui vai, então. um.... histórias da carochinha!

De Luanda (Angola), parti com destino a Lisboa,  a bordo do vapor "Mouzinho", aos seis anos de idade,  com o meu irmão José Duarte (4 anos  de idade), tendo a nossa queridíssima Avozinha, (Helena Pinto Carmo Ferreira)   assumido a responsabilidade de cuidar de nós, por toda a vida, porque nossa  saudosa Mãe (Maria Helena Carmo Ferreira Baptista), falecera, dias antes, após uma doença  incurável, à época, em  LUANDA-ANGOLA..

Nosso Pai (Domingos José Baptista) teria que permanecer em Luanda, devido ao posto de trabalho Directivo que exercia nos CTT- Angola.

Desembarcados em Lisboa, fomos acolhidos por elementos familiares, que nos deram abrigo em instalações, perto de uma cavalariça, em edifício, tipo palacete, no Largo da Luz, Carnide, onde se situa o Colégio Militar.

Instalados confortavelmente, a vida, a partir de então, levou o seu curso normal e digno.

Nossa Avó, que substituíra a nossa Mãe, tudo fez para que a felicidade retornasse ao nosso convívio., inclusivamente, o encaminhamento para o inicio das nossas actividades escolares.

Embora as instalações fossem boas, não havia água canalizada, pelo que o seu abastecimento era  proveniente de um poço (numa nora), existente na quinta a pouca distância, sendo o abastecimento da água, na altura, conduzido e transportado por meio de bidons especializados, conduzidos à cabeça.

Mas não há bela sem senão...

Lembro-me, que certa noite,  no momento em que ia para os lençóis da cama, sob materna vigilância  da "Vóvó", batem à porta, e ouve-se uma voz estridente...."o nosso Pai morreu, suicidou-se "...

Dai para diante, não me apercebi  do que passara, apenas no dia seguinte, após ter acordado, é que viria a perceber o que sucedera.

O Pai da  nossa Avó, o Sr, Zé Pinto, fora atraiçoado numa das suas operações relacionadas com a tal quinta, que lhe pertencia.

E o que vi, então, do lugar em que me encontrava, junto à porta... O Sr Zé Pinto, com um  forte cordão ao pescoço, com a língua de fora, pendurado do cimo da  janela que dava para a rua!...

Nunca me esquecerei do fantástico espectáculo que vi... Um corpo pendurado da travessa superior da janela, a espumar... um horror  !

Os tempos foram voando... voando.. e, muito mais tarde, o Tio Rogério conduziu-nos a bordo do vapor "Angola", com destino a Luanda, onde ficámos depois a viver... com o nosso Pai.

Mas o nosso embarque, em Lisboa, com destino a  Luanda, foi em segredo para que a nossa querida e saudosa Avó não tivesse nenhum colapso no momento em que teria a percepção que  iria perder os netinhos para sempre...

Do tio Rogério, por exemplo, certo dia passou-se o seguinte, enquanto vivíamos na  Luz:
Tendo-se apercebido de que eu errara na execução de um trabalho escolar, nesse dia, e que eu teria que o repetir sem erros, para ser entregue no dia imediato à Professora, exigiu-me que o fizesse de novo e que quando regressasse do emprego, à noite,  queria vê-lo, e, como recompensa,  deixou nas mãos da minha Avó uma bela tablete de  chocolate,  para  eu saborear, quando viesse para casa, à noite, de regresso  do escritório. Todo o dia esforcei-me para executar a dita obrigação, que cumpri, sem erros, e já estava a aguçar os dentinhos, para logo à chegada do tio,  desembrulhar o saboroso prémio. Aconteceu, porém, que o Tio Rogério, teve que fazer serão e veio muito tarde para casa. Assim, lá se fora a guloseima, que tanto eu esperava.... Mas, perante a minha ansiedade e  espera pelo  prémio por ter cumprido, com êxito, o castigo imposto, eis que a Santa Avó, nesta circunstância, lá me chamou e disse... "Cumpriste honestamente com o castigo que te foi implicado, por isso, mesmo sem o teu tio estar presente..toma lá a tablete de chocolate e que te saiba muito bem"...

Ah ! Grandes e Amorosas Avós ! Bem hajam !

Do meu  saudoso tio Ricardo,  ainda  retenho na memória o momento em que me chamou à parte, dando-me uma  breve lição de comportamento digno, na sociedade. No dia do seu casamento, como era um oficial do Exército Português, ao sair da Igreja, brindaram-no cruzando as armas ao longo do percurso e do som da música celestial que se fez ouvir.

Tomei aquilo como sendo uma escabrosa  brincadeira dos militares. Foi, depois que me  foi explicado que era uma forma honrosa e digna de saudar o enlace matrimonial, e não um  reles jogo de futebol....Ficou-me de lição, para sempre (eu era ainda muito novato..)

E, para não causticar com mais "lembretes", recordo, mas já em Angola, que certa vez, recebi do meu Tio Fernando, residente na altura em Moçamedes (Angola), que era Alto Funcionário dos Tribunais, a quem eu escrevia muitas vezes, mas nunca selava a correspondência, remetendo-a pura e simplesmente nos marcos de correio, mas sem selos... e eis o resultado, vindo telefonicamente  da boca desse meu saudoso tio: "Armando,  então nunca tens dinheiro ao menos  para colocares um simples selo de correio na correspondência que me envias ?"

Bons tempos !...Até o Sol já rodopiou muitas e muitas vezes ao redor deste Mundo  !!!...


Tá?!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Carta a Garcia...

Rowan foi trazido à presença do Presidente,  que lhe confiou uma carta com a incumbência de a entregar a Garcia. De como este homem, Rowan,  tomou a carta,  colocou-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro  dias saltou, de um barco sem coberta,  alta noite,  nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão para,  depois de três semanas,  surgir  do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregado a carta a Garcia, são coisas que não vêm ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac  Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia; Rowan pegou na carta e nem sequer perguntou "Onde é que ele está?"

Ao contrário da figura, mítica ou verídica, de Rowan, os nossos CTT (sim, nossos mas por pouco tempo, pois é para vender ao desbarato) primam pela falta  de interesse e empenho em fazer chegar ao seu destino a correspondência que lhes é confiada.

Noutros tempos, um envelope sem franquia era levado ao seu destinatário, que ficava encarregue de cobrir a despesa em falta, recebendo em troca a desejada correspondência. Recordo inclusive situações em que cartas por mim enviadas, inadvertidamente, sem selos, eram entregues ao respectivo destinatário.

Hoje o dinheiro comanda, mais do que nunca, a vida. É Rei e Senhor. Tudo se vende, tudo se compra, até mesmo o  NADA. O interesse corporativo e financeiro é sistematicamente colocado à frente do interesse do individuo.

Incapazes de ver o óbvio, ou seja, a possibilidade da correspondência poder conter algo urgente e inadiável que  uns míseros vinte cêntimos não deveriam obstar, os correios limitam-se agora a colar um autocolante sobre o  nome do destinatário, ocultando-o, adulterando a informação, devolvendo depois ao remetente. Pergunto: E se não constasse qualquer remetente ? O que fariam ? Seria a correspondência  simplesmente destruída ?

Olvidados da sua missão de grande responsabilidade para com a população em geral, os CTT submetem-se a normas de funcionamento de cariz exclusivamente financeiro, relegando para segundo plano a razão da sua existência: Fazer chegar em segurança,  ao seu destinatário,  a correspondência que lhes é confiada por aqueles que, pelos vistos, ingenuamente,  ainda neles confiam...

Aqui fica, como fonte de inspiração, a quem de direito,  o filme de 1936, "Carta a Garcia". Pode ser que ajude a perceber que as ideias, as pessoas, interessam mais que todo o materialismo que, infelizmente, nos parece sufocar.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Rejeição (?)...

Cá volto ao "antigamente"...

Tenho ainda presente, residindo em Angola antes da independência, e,  mesmo em época não muito distanciada, aqui  em Portugal ,  quando uma carta ,  era  mal selada, isto é, com  insuficiente  quantia,  mesmo assim não deixava de seguir  e ser  entregue ao destinatário e, só no caso deste não cobrir a diferença em falta , ou seja a multa, é que a correspondência era então devolvida ao remetente. Mas, pelo menos, nunca  o destinatário, não deixou, por essa razão, de ter conhecimento de que a carta  lhe era destinada!.

Surpreende-me, agora, ao recolher, na minha caixa postal,  uma  carta que no dia anterior colocara  no marco do correio, cujo selo foi adquirido num estabelecimento vendedor de selos dos CTT,  devolvida com o argumento de não ter sido selada com o valor adequado.

E o mais grave,  é que  com essa devolução, o destinatário nem  sequer chegou a ter conhecimento  do correio que lhe era destinado,  pois se o tivesse, teria pago, voluntariamente a multa, e recebido o envelope contendo um importante documento medicinal, evitando-se assim   a  sua imediata devolução ao remetente.

E o que mais me surpreendeu, é que o correio expedido na véspera, em causa,   veio devolvido   com  o nome do destinatário,totalmente destruído tendo sobre ele sido colado um aderente identificador.

Não é minha intenção subestimar as alterações sobre o sistema antigo, mas... o que é certo é que nos tempos antigos , nestas circunstancias,  o  destinatário , pagando a multa, de imediato recebia o seu correio. No caso presente,  o envelope veio "devolvido ao remetente",- no dia seguinte- que continha um importante documento, porque lhe faltavam, 25 cêntimos., que liquidei ao Balcão-Olhão dos CTT.

As minhas desculpas se estiver errado..


"Luandense"

Tá?!...


Anónimos & ignorados...

Há muitos, muitos anos, vim de Angola, um pouco como um exilado,  escorraçado da terra que me viu nascer, consequência de um processo de independência que a muitos,  incluindo a própria Nação, prejudicou e que a alguns encheu as medidas. Como que caído de para-quedas,  nesta luminosa terra de Olhão, dita da Restauração,  pelo seu combate aos invasores franceses, prova da tenacidade das suas gentes, vi-me como um estranho numa terra estranha.

A despeito da hospitalidade olhanense, da simpatia das suas gentes, os primeiros tempos não foram fáceis, fruto até da instabilidade que se vivia em Portugal, no plano político e social do pós 25 de Abril.

Fiz sempre questão de me dar bem com todos, evitando atritos desnecessários,  vivendo  um dia-a-dia de pacata honradez,  respeitando o próximo e fazendo-me respeitar,  através da minha postura séria e honesta.

Ao centro, o meu grande amigo, Luís Viegas
Conheci, e conheço, muita gente. Alguns mais simpáticos que outros, a todos respeito. No entanto, algumas pessoas especiais se destacam  de entre a multidão,  pessoas essas que pela sua maneira de estar, pelo seu comportamento e pelos gestos, simples mas enriquecedores,  coloquei num cantinho especial da minha caixinha de amizades. Uma dessas pessoas,  que sem me conhecer  previamente, apenas tendo contacto comigo desde há dois anos atrás, fruto da troca de ideias via blogosfera, tem mostrado ser um bom amigo, companheiro de luta, é o senhor Luís Gerardo Viegas, emérito director do jornal "Brisas do Sul".

O  meu amigo Viegas tem demonstrado,  nas pequenas coisas,  ser individuo de elevada educação, com comportamentos reveladores de uma consideração à qual apenas espero estar à altura. Tem tido a paciência para "me aturar",  em quaisquer contactos por mim  solicitados, concedendo-me a honra maior de algum espaço na sua honrosa publicação.

Não é necessário espalhafato na amizade. Basta aquela palavra, aquele gesto  de especial consideração,  para que  todos os "OBRIGADOS" do mundo sejam insuficientes...


terça-feira, 8 de outubro de 2013

obra prima...



A pesquisa  da  linhagem de origem de  filiação genealógica, da  família Carmo Ferreira, que neste quadro se conseguiu, palmo a palmo, inferir,  resultou de um esforço colectivo de pessoas  que ainda  retinham,  em suas memórias, os graus de ligação umbilical, dos membros  antecessores,  com origem sanguínea  e que subscreviam  os seus nomes, de identificação, com um "Carmo Ferreira ".

Pessoalmente,  sempre tive o grande gosto e prazer  de, enquanto miúdo, ter convivido com os meus Santos Avós, em períodos da minha adolescência, e deles ter sido acarinhado, após o falecimento da minha saudosa Mãe, Maria Helena, onde falecera e sepultada  em Angola (bem como o meu Avô).  Da minha saudosa Avó recebi também sempre muito carinho, e amor, até a nossa perpétua separação , efectivada em  Portugal (Lisboa).

Retenho na minha memória, que a ultima vez que tive contacto directo pessoal com o meu Avô, que eu visitava diariamente, foi no Hospital de Luanda, onde esteve hospitalizado largo tempo.  Sempre tive grande paixão e apreço pelos meus santos Avós,  Já vivia em Luanda (Angola) , quando me deram a noticia do falecimento, e sepultado  a coberto da  Bandeira Nacional Portuguesa,  do meu  Avô,  em Nova Lisboa, e da morte da minha querida Avozinha, conduzida ao Cemitério em Lisboa (Portugal).

O meu Avô, Joaquim, além de ter sido uma Grande Figura Nacional, foi também  um grande  atleta desportivo e um exímio guitarrista, conotado com  Artur Paredes, que o igualava no manejo das briosas guitarras.

A árvore genealógica aqui demonstrada, da minha descendência, executada através do processo e sistema  informático, "engrossaria" muito mais, se viesse a ter conhecimento de ramificações que  eventualmente possam estar anónima e inconscientemente dispersas por esse Mundo fora....




   Majestosas palavras...


   "AVÔ"    *    "AVÓ "

Cordão umbilical - Carmo Ferreira


Finalmente !!!... Após alguns anos em que se deixou a ideia em "banho  Maria", a reunião, tão aguardada da Família Carmo Ferreira concretizou-se. Como que unidos por um cordão  umbilical que nunca foi cortado, centenas de Pessoas, familiares, convergiram para a Quinta do Castelo, em Sintra.

Momentos de grande emoção se viveram. O reencontro de familiares que há muito não se viam gerou emoção em todos os que lá estavam. Recordaram-se, por minha solicitação, os que não estiveram presentes por não estarem mais no Mundo dos vivos. Muitas vezes lembrei,  com saudade, a minha Esposa, Alvarina, que sei teria tido enorme alegria por poder participar em tão animada festa... Mas a tristeza foi facilmente vencida pela alegria da reunião e pelo riso contagiante das crianças, representantes honrosos da mais recente fornada de Carmo Ferreira.

É em momentos como este que nos apercebemos efectivamente da passagem do tempo,  quando verificamos que num grupo tão grande somos a pessoa mais velha. Tal,  longe de ser uma contrariedade,  constituiu motivo para ouvir palavras de enorme amizade, gestos de carinho inolvidáveis e, já agora,  lugar de destaque nas fotografias do grupo,  sempre acompanhado da preciosa bengala, companheira fiel dos anos de velhice.

Fruto do estatuto  etário, naturalmente adquirido pelo passar de quase nove décadas,  tive ainda o prazer e a honra de ser solicitado para uma amigável e agradável troca de palavras com uma simpática Senhorinha,  Daniela de seu nome, a qual se apresta para, de forma documentalmente comprovada,  deixar registado para  as gerações vindouras, a odisseia da Família Carmo Ferreira, sob a forma de uma biografia. Como elemento mais velho,  guardador de arquivos quase tão vastos como os da Torre do Tombo, fui merecedor de especial atenção por parte da Drª Daniela, a qual mostrou enorme interesse em tais documentações e mesmo neste cantinho do vosso VELHO LUANDENSE.

Houve até direito a cantar os parabéns a quem, em dia de aniversário, nos honrou  com a sua presença. Um bem-haja e votos de que no próximo ano possamos comemorar de novo juntos, querido primo Rogério. Para além do bolo de Aniversário,  não faltou o bolo comemorativo do evento. O meu desejo é que tal encontro se possa repetir daqui a um ano, com um bolo bem maior, sinal de que mais família se encontrará reunida.


Tá?!...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Venerados momentos...


Com a devida vénia e previamente autorizado pelo digno casal em  questão, e com suporte de uma referencia jornalística, "O Olhanense", publico a notícia que no passado dia 22 de Setembro, do corrente ano, 2013, festejaram as Bodas de Ouro Matrimoniais o casal Bertelina e Albino.

Transcrevo, com todo o respeito, um trecho, com o qual estou plenamente de acordo, publicado no distinto jornal, no seguinte teor:

"... Fazer 50 anos de casados não é, nos tempos que correm, muito vulgar, os casamentos tendem hoje, mais do que nunca, para se dissolver muito  cedo, mas quando estamos em presença de um casal, como é o caso, que se enamorou, apaixonou e também essa paixão intacta como o primeiro dia, é caso para darmos Graças a Deus e congratularmo-nos por podermos  testemunhar um evento cada vez mais raro...
... os  homenageados: Albino  José Pereira e a esposa D. Bertelina Laura do Carmo Neto Pereira consorciaram-se no dia 22 de Setembro de 1963 na  Igreja Matriz de Estói... vividos sempre em boa harmonia... e muita  felicidade..."

O meu conhecimento e contacto com distinto casal, teve o seu início quando  precisei de adquirir material  circulante, numa casa comercial, das mais conhecidas em Olhão, a Bicistoi, de que são proprietários.

Esta minha iniciativa de escrever este artigo, no meu blog, provém de uma imagem que me assolou o cérebro, ao ler a página "Vida Social",  que  me relembrou o saudoso dia  em que minha saudosa Esposa, Alvarina Teresa, e Eu, Armando, acolhemos nos nossos dedos, os anéis  festivos, do nosso casamento, realizado há 50 anos no altar da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Luanda-Angola.

Adicionados mais 10 anos às  nossas "Bodas de Ouro", pouco antes de completarmos sessenta anos de  amoroso convívio, Deus chamou à sua Divina presença, aquela a quem jurei amar, até que a morte nos separasse. E separou-nos mesmo...

Que, aos celebrantes fotografados, a vida se prolongue por largo... e longo  tempo com saúde !..

Tá?!...

domingo, 6 de outubro de 2013

O verdadeiro seio da Terra...

Anunciei, num blog recente, estar agendado um encontro de Família, há muito pensado, mas só agora, finalmente,  realizado.

Seria, talvez, ao raiar da aurora, que se ia percebendo  a chegada  de viaturas com números de matriculas diversificadas, indicativo de que algumas vinham de além fronteiras.

Local de concentração: Sintra - Quinta  do Castelo.

Família, de todos os cantos do Mundo (Homens, Mulheres e Crianças), ia-se reunindo neste local para um feliz dia de saudável convívio familiar. Uns tive o prazer de ver pela primeira vez, outros, ao fim de muitos anos.

A implacável  lei da vida, e da morte,  fez com que muitos Entes Queridos tivessem forçosamente que estar ausentes e foram, solenemente lembrados, com muito carinho e amor.

No encontro, trocamos abraços, sorrisos e matamos saudades acumuladas no tempo demasiado longo.

Uma lição espiritual, em que os termos "raça", "inimizade","agressividade" "indiferença", "desonestidade", "cobardia", "sacanismo" e outros transmissores, como flechas envenenada, jamais estiveram, pelo o que se sentiu, na cabeça de qualquer um dos que vangloriaram o sentido da integridade e fraternidade, que lhes corre nas veias sanguíneas, originadas  por quem  descendeu do honroso  nome... "Carmo Ferreira."!...

Eis alguns aspectos  da nossa união, ... (muambas,  funjadas,  cariladas, mamões,  gingubas, etc) e bom apetite !

                                   Até para o ano, se Deus quiser !!!...








Nota:
Neste extenso papel, seis metros por um metro e meio, vêm registadas as descendências, conhecidas, porque  muitas almas, que assinam "Carmo Ferreira" não tiveram possibilidade de virem até cá, Portugal, a tempo.