quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Comunicações...




Termos de comparação: - A primeira figura » um telemóvel,  que hoje em dia,  todo o mundo  o comporta no  bolso do seu casaco ou carteira,  e que faculta  comunicar, em qualquer  momento , com alguém , mesmo  que viva  a centenas ou milhares de quilometras de distância....

- A segunda figura » -O autor, de pé,  na margem de um caudaloso rio, em Angola,  em mil novecentos e quarenta e poucos, após a passagem de uma margem a outra,  depois de ter passado uma noite inteira,  parado, junto a margem, aguardando que o sol  surgisse, na mata,  afim de ter  claridade suficiente para   que  jangada transportasse, com relativa segurança , o grande veiculo que  transportava material eléctrico destinado a iluminação publica de uma das grandes cidades,no interior da Colónia de Angola.

O longo percurso,  em estradas - que nem conheciam  ainda o que  era asfalto,-  por vezes "atemorizava-nos", devido ao isolamento e distancia a percorrer até ao final, pois nessa altura, não havia "telemóveis" (nem coisa parecida), que permitisse comunicar com quem quer que necessitaremos.

.Era aguardar .. e seguir caminho  logo que as condições permitissem, muitas vezes paralisações  motivadas por grandes chuvadas e horrendas trovoadas.

Certa vez,  em cumprimento de uma missão de carácter laboral,  por exercício de comando e chefia,  que me fora confiado, fui obrigado a ter de dormir, parte da noite,  na cabine da própria viatura, e os restantes elementos tiveram que se  "acomodar"  em cima  da preciosa carga ,.que  se transportava.

É devido aos  esforços, cuidados,  sacrifícios por vezes sub-humanos, que muitas cidades do interior de Angola  beneficiam, hoje, de  instalações  produtoras de energia eléctrica  e iluminação publica  eficiente.

Um pequeno   pormenor de circunstância -  Não esqueçamos que  estávamos em  periodo de grande expansão e desenvolvimento do interior de toda a Angola, decorridos , já, portanto   longos e longos anos...

Numa das vezes em que, anoitecera sob um calor escaldante,  que motivou  paralizaçao da  viatura, um dos  Empregados (agora " Trabalhadores"),  sonolentamente adormeceu com a cabeça encostada  ao pneus de uma das rodas do carro - Na alvorada, ao dar de si, portanto ao acordar,  foi surpreendido com pègadas de uma "onça" que  rondou, por perto,  a sua cabecinha... se calhar por  estar a ressonar ... fugiu com medo !...

Episódios da minha juventude,  terra Natal - Luanda (Angola).



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