terça-feira, 6 de março de 2012

Movimentos históricos.

Um apontamento com características  curiosas...

Num período debilitado pela insegurança e de ausência de  meios  hospitalares suficientes para tratamentos  especializados, o corpo Directivo, à data ( Agosto de 75), do Banco onde exercia  profissionalmente o cargo de Chefia da Contabilidade - Banco Totta-Standard de Angola -  concedeu-me, a meu pedido,  autorização para me deslocar a Lisboa, por tempo determinado, para   me submeter a tratamentos especializados. A condição  imposta pelo Banco era que seriam  de minha conta, todos os custos inerentes  a essa deslocação, inclusive até que o bilhete de passagem aérea, Luanda/Lisboa/Luanda seria  na totalidade suportado por mim , sem direito a qualquer comparticipação por parte do Banco.

Foi, portanto, dentro destas imposições, que fui ao balcão da TAP, comprar, do meu bolso, o bilhete de Ida e Volta,  Luanda/Lisboa/Luanda  que  ainda o retenho.

No dia do embarque, dadas as  minhas condições  físicas de deslocação, e, por ter no meu meio familiar um gestor das instalações do aeroporto, foi-me facilitada a entrada no avião, isentado-me das complicadas operações nos  "check-in".

Levantado voo, sem problemas, sobrevoámos a cidade. de Luanda, com destino a Lisboa, onde desembarcámos sem termos sido sujeitos a quaisquer formalidades adicionais.

Foi,  ao longo do percurso que, de automóvel,  nos conduzia a casa, que tomei conhecimento do seguinte acontecimento, que um familiar ligado aos meios de navegação aérea, me segredou;.

"Chefe, quer saber o que o piloto do avião que o transportou me contou?  Vínhamos já com a costa algarvia à vista quando recebemos ordem  vinda de Luanda, para regressarmos ao aeroporto de Luanda, antes da aterragem em Lisboa, ao que o comandante respondera não satisfazer tal ordem, porque além dos 500 passageiros que vinham a bordo do avião, não havia combustível  suficiente que desse para o retorno.


E acrescentou : "Pelas características e dados recolhidos , deduzimos que o passageiro que eles queriam  apanhar, era Você, Armando...". Vá-se lá saber porquê...

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